Fazendas reforçam segurança para garantir colheita do café

O produtor Marcos Sebastião Calente ao lado do sargento Botelho e da soldado Martins: proteção no campo

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Clóvis Rangel

Em 2024, o mercado cafeeiro brasileiro vivenciou um marco histórico: os preços das variedades conilon e arábica atingiram níveis recordes históricos. Segundo dados do CEPEA/Esalq, a saca de 60 kg de robusta passou de R$ 740 em dezembro de 2023 para R$ 1.800 em dezembro de 2024, enquanto o arábica alcançou R$ 2.000 por saca no mesmo período.Com a valorização do grão, aumentaram também os riscos de furtos em propriedades rurais. No ES, a Polícia Militar (PM) reforça a segurança nas áreas cafeeiras, especialmente no período de colheita. A Patrulha Rural realiza visitas a propriedades, secadores e estabelecimentos comerciais, além de abordagens a pessoas e veículos, visando inibir a criminalidade.Em Alfredo Chaves, o produtor Marcos Sebastião Calente, de 52 anos, que cultiva cerca de 25 mil pés de café conilon nas comunidades de Caco do Pote e Sagrada Família, destaca a importância do patrulhamento. “Com o café valendo o que vale hoje, a gente dorme com um olho aberto. A presença da Patrulha Rural aqui é um alívio. Eles passam, conversam com a gente, orientam”, diz. O sargento Botelho, do 3º Pelotão da PM, destaca que a atuação vai além da vigilância ostensiva.“Nosso trabalho é garantir que o produtor possa colher e vender seu café com tranquilidade. A gente conhece o território, mantém contato direto com os moradores, faz vistorias preventivas e age rápido diante de qualquer suspeita. A confiança da comunidade é nossa maior ferramenta”, comenta. A soldado Martins, que integra a equipe a mesma guarnição, reforça o aspecto comunitário do programa. “A segurança no campo é fundamental, principalmente em tempos de colheita. Estamos aqui para apoiar os agricultores, orientar e escutar. Muitas vezes, uma simples presença nossa já desencoraja os criminosos”. Criada em 2005, a Patrulha Rural também realiza palestras em escolas do campo, mapeamento de propriedades, registro de ocorrências diretamente no local e integração com sistemas de videomonitoramento.Em 2022, o Estado lançou o Plano de Segurança Rural, que fortaleceu ainda mais as bases da ação, com a criação de núcleos especializados. Atualmente, a Patrulha Rural está presente em 10 comandos regionais. Patrulha RuralOrigemCriação em 2005: surgiu como resposta ao aumento de crimes em áreas rurais, especialmente furtos e roubos durante o período de colheita.Foco em áreas produtoras: de início implantada em municípios com grande produção agrícola, como Linhares, São Mateus e Colatina.Expansão e modernização: ao longo dos anos, a patrulha foi expandida para todo o estado, com viaturas adaptadas e maior efetivo.VantagensPresença constante: viaturas circulam rotineiramente em áreas rurais, prevenindo crimes e fortalecendo a sensação de segurança.Contato direto: criação de uma rede de comunicação direta entre agricultores e policiais, com atendimento rápido e personalizado.Mapeamento e georreferenciamento: ajuda no monitoramento de áreas vulneráveis e agiliza o atendimento de ocorrências.Ações educativas e preventivas: realiza palestras, orientações sobre segurança no campo e apoio a programas de prevenção à violência.Integração: atua em parceria com a Polícia Civil, Guarda Municipal e Defesa Civil em ações conjuntas.Redução de furtos e roubos durante a colheita: presença ostensiva inibe quadrilhas especializadas no furto de café, pimenta e maquinário agrícola.Apoio emergencial: atua em casos de desastres naturais, acidentes rurais e conflitos agrários, oferecendo apoio logístico e humano.Fonte: Polícia Militar

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