CMS – Seminário Operação TAQUARI 2 Dia 1

Seminário da Operação Taquari discute aprendizados da crise climática

Relembrar os principais momentos da Operação Taquari 2 e ponderar os aprendizados do momento de crise climática são os principais objetivos do Seminário primeiro dia (08ABR2025) . A iniciativa do Comando Militar do Sul (CMS) e organização da 6ª Divisão de Exército (6ª DE), reuniu 350 militares e civis no auditório do Ministério Público Estadual do RS, em Porto Alegre/RS, nesta manhã.

No primeiro dia de programação, quem abriu as atividades foi o mediador Paulo Sérgio Pinto, vice-presidente da Rede Pampa.

O comunicador mediou as palestras do Diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), Dr. Laercio Massaru Namikawa, e do Comandante Militar do Sul, General de Exército Hertz Pires do Nascimento.
Namikawa ilustrou sua fala com dados representativos do episódio climático, e reiterou que “geograficamente um evento desses não tem paralelo no mundo”.

Conforme o diretor, com base nos dados da Defesa Civil Nacional, em torno de 2 milhões e 400 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul. Uma das atribuições do INPE foi mapear as áreas afetadas para que o governo pudesse definir o pagamento do auxílio humanitário. Para isso foi acionado a Carta Internacional Espaço e Grandes Desastres, um consórcio de instituições e agências espaciais que fornece dados orbitais em situações de emergência causadas por desastres naturais. Através das imagens foi possível definir a área de danos e repassar as informações à Dataprev, empresa responsável por gerenciar a Base de Dados Sociais do Brasil.

Na sequência, o Comandante Militar do Sul, General de Exército Hertz Pires do Nascimento, relembrou dados importantes da operação, como o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, evacuação do Hospital Mãe de Deus com resgate de 280 pacientes e funcionários, auxílio ao resgate de 100 pessoas em uma igreja no município de Canoas e a atenção voltada ao salvamento de animais. Segundo o General, 19 mil militares foram empregados nas ações, além de 11 mil profissionais da força policial, 758 pessoas de outras forças, 2 mil bombeiros e membros da Defesa Civil, e 373 profissionais de agências de saúde. Entre as lições citadas pelo comandante, está “não protagonistas”. O Comandante ponderou que “A chave do sucesso foi o trabalho de integração de todas as agências”.

Após o debate relacionado às primeiras palestras, o seminário teve sequência sob mediação de Telmo Flor, jornalista do Correio do Povo. Na oportunidade, o também jornalista Felipe Vieira, da Band News, fez um emocionante relato de sua participação, enquanto comunicador, durante os resgates e trabalhos realizados na operação. “Houve uma sinergia entre todos da imprensa; a gente prestou serviço para a população” relatou Vieira. 

O último palestrante foi o Secretário Executivo do Gabinete de Crise do Estado do RS, Pablo Souto Palma, que trouxe dados relacionados ao Plano Rio Grande. O secretário validou a importância da ciência que, segundo ele, “propõe ações que são passíveis do governo usar para melhorar sua gestão”. Palma abordou o programa de desassoreamento, que está dividido em dois eixos, com um valor de investimento estimado em um milhão de reais. Mencionou ainda o Funrigs, fundo público especial de natureza orçamentária, financeira e contábil, com o objetivo de segregar, centralizar e angariar recursos destinados para o enfrentamento das consequências decorrentes dos eventos climáticos ocorridos em 2023 e 2024. Segundo o secretário, o fundo tem 7,2 bilhões de reais planejados em projetos do Plano Rio Grande. 

O primeiro dia do Seminário foi finalizado com a entrega de certificados aos palestrantes e mediadores

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