Cidade no interior de MS é uma das mais procuradas por turistas

Cidade no interior do Mato Grosso do Sul é uma das mais procuradas por turistas

Localizada na Serra da Bodoquena, a cerca de 300 km de Campo Grande, a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil. Conhecida por seus rios cristalinos, como o Rio Sucuri, cachoeiras, grutas e cavernas, Bonito é um modelo global de turismo sustentável, sendo o primeiro destino de ecoturismo a receber o certificado Carbono Neutro em 2023 pela Green Initiative. Com uma biodiversidade rica, incluindo mais de 4.000 espécies de plantas e 2.000 de peixes, a cidade combina aventura, natureza preservada e uma qualidade de vida única, atraindo famílias, aventureiros e amantes da natureza.

Um refúgio de serenidade na cidade do cerrado

A qualidade de vida na cidade de Bonito é marcada por sua segurança e tranquilidade. Com cerca de 23.659 habitantes (IBGE 2022), a vila é considerada segura, com policiamento presente no centro e em áreas turísticas. A saúde é atendida por postos locais, como o Posto de Saúde Central, com o Hospital Regional de Campo Grande (300 km) para casos complexos, complementado por clínicas privadas.

O transporte na vila é feito por vans, táxis ou carros alugados, essenciais para alcançar atrativos distantes, como a Gruta do Lago Azul. A BR-060 conecta Bonito a Campo Grande, com viagens de ônibus (Cruzeiro do Sul) em cerca de 5 horas. A infraestrutura é rústica, mas eficiente, com energia, saneamento básico e internet em pousadas como a Pousada Olho D’Água. O bem-estar é elevado pelos rios cristalinos, trilhas e a atmosfera calma, ideal para desconectar.

Cidade no interior do Mato Grosso do Sul é uma das mais procuradas por turistas
Bonito, Mato Grosso do Sul // Créditos: Wikimedia Commons

Sustentabilidade no coração do ecoturismo

A sustentabilidade é o pilar de Bonito, protegida pelo Parque Nacional da Serra da Bodoquena. O ICMBio regula o acesso a atrativos, limitando visitantes diários (ex.: 300 na Gruta do Lago Azul) para preservar a fauna, como araras e tamanduás, e a flora. Plásticos descartáveis são proibidos, e a coleta seletiva é incentivada. Projetos como o Recanto Ecológico Rio da Prata promovem reflorestamento, enquanto o Voucher Único controla o turismo, evitando superlotação. Em 2013, Bonito ganhou o World Responsible Tourism Awards por sua gestão ambiental. No entanto, posts recentes no X alertam para o avanço da soja, que ameaça o ecoturismo com desmatamento.

Educação conectada à natureza

A educação em Bonito é voltada para a comunidade local, com escolas municipais, como a EM Simplício de Assis, integrando sustentabilidade e cultura pantaneira. Escolas particulares, como o Colégio Bonito, complementam a rede, focando em ecologia.

Embora não haja universidades, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande, oferece cursos como Biologia e Turismo. O IFMS em Jardim (70 km) disponibiliza formações técnicas em guias de turismo e meio ambiente. Projetos comunitários, como oficinas de artesanato com fibras locais, reforçam a identidade de Bonito como um polo de aprendizado ambiental.

Economia movida por turismo e natureza

A economia de Bonito é centrada no ecoturismo, responsável por grande parte da renda, com cerca de 300 mil visitantes por ano. Atrativos como o Rio da Prata geram empregos em 230 pousadas, 16 hotéis e 120 restaurantes, como o Casa do João, famoso por pratos com pacu. Eventos como o Festival de Inverno de Bonito movimentam o comércio, com artesanato de madeira vendido na Praça da Liberdade.

A pecuária, agricultura (soja e milho) e mineração de calcário complementam a renda, mas o turismo é o destaque, com mais de R$130 milhões investidos em infraestrutura sustentável. O custo de vida é moderado, mas aumenta na alta temporada. Bonito fomenta o empreendedorismo, com agências como a Bonitour oferecendo passeios guiados.

Cultura pantaneira e natureza cristalina

Bonito pulsa com cultura e natureza. A influência pantaneira é vista em festas como o Festival de Inverno, com música sertaneja, e no artesanato local. O Projeto Jiboia educa sobre serpentes, enquanto a Biblioteca Municipal Simplício de Assis promove a história regional.

A natureza é estonteante, com o Aquário Natural e a Cachoeira Boca da Onça, a maior do estado (156 m). Flutuações no Rio Sucuri e mergulhos na Lagoa Misteriosa revelam peixes coloridos e tufas calcárias. A culinária, com pintado na brasa no Tapera, reflete a alma pantaneira.

Principais pontos turísticos de Bonito?

  • Gruta do Lago Azul: Caverna com lago azul brilhante, acessível por trilha de 40 minutos.
  • Rio da Prata: Flutuação de 2,2 km em águas cristalinas com peixes e vegetação.
  • Cachoeira Boca da Onça: Queda de 156 m com rapel, a maior do estado.
  • Aquário Natural: Flutuação no Rio Baía Bonita, com peixes coloridos.
  • Lagoa Misteriosa: Caverna inundada para mergulho, com mais de 220 m de profundidade.
  • Buraco das Araras: Dolina com araras-vermelhas e vistas impressionantes.

Vale a pena morar em Bonito?

Sim, Bonito é ideal para quem busca qualidade de vida em meio à natureza. A segurança, a tranquilidade e a comunidade acolhedora são atrativos, mas a infraestrutura rústica e a dependência do turismo sazonal podem ser desafios. O mercado de trabalho foca no ecoturismo, e a educação é básica, exigindo deslocamentos para estudos superiores. Para famílias, guias de turismo e amantes da aventura, Bonito oferece um estilo de vida único, com rios cristalinos como quintal.

Vale a pena visitar Bonito?

Definitivamente, Bonito é um destino imperdível. Suas flutuações, como no Rio da Prata, e cavernas, como a Gruta do Lago Azul, criam experiências únicas. Atividades como rapel, trilhas e banhos em cachoeiras, além de eventos como o Festival de Inverno, agradam todos, enquanto a culinária, com pacu assado no Juanita, encanta o paladar. A melhor época é de maio a agosto, na estação seca, quando os rios estão mais cristalinos. Apesar do acesso logístico, a beleza e a energia de Bonito fazem cada visita valer a pena.

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