Alerta: novos estudos revelam perigos ocultos dos adoçantes artificiais; veja riscos

O uso de adoçantes artificiais tem sido um tema de intenso debate nos últimos anos. Esses produtos, frequentemente escolhidos como substitutos do açúcar em dietas, são promovidos como opções mais saudáveis e menos calóricas. No entanto, pesquisas recentes indicam que o consumo desses adoçantes pode não ser tão seguro quanto se pensava anteriormente.

Um estudo publicado pela revista Nature Metabolism no início de 2025 trouxe à tona preocupações significativas sobre os efeitos dos adoçantes artificiais no metabolismo humano. A pesquisa sugere que, ao contrário do esperado, esses produtos podem aumentar o apetite e, consequentemente, o consumo alimentar.

Como os adoçantes afetam o metabolismo?

Os adoçantes artificiais, como sucralose, sacarina e aspartame, são substâncias químicas projetadas para proporcionar um sabor doce sem as calorias associadas ao açúcar. No entanto, um estudo envolvendo 75 adultos revelou que o consumo de bebidas adoçadas artificialmente pode aumentar a atividade do hipotálamo, uma região do cérebro crucial para o controle do apetite e do metabolismo.

Durante o experimento, os participantes consumiram diferentes tipos de bebidas, incluindo água pura, água com açúcar e água com adoçante. Após a ingestão, foram submetidos a ressonâncias magnéticas funcionais. Os resultados mostraram que a sucralose, em particular, aumentou a atividade cerebral relacionada ao apetite, enquanto o açúcar natural reduziu essa atividade.

Alerta: novos estudos revelam perigos ocultos dos adoçantes artificiais; veja riscos
Adoçante – Créditos: depositphotos.com / Mirrorimages

Quais são os riscos dos adoçantes à saúde?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu diretrizes alertando sobre o uso frequente de adoçantes artificiais. Estudos indicam que o consumo excessivo desses produtos pode estar ligado ao desenvolvimento de condições como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Além disso, há preocupações sobre os efeitos cognitivos em indivíduos obesos, especialmente mulheres.

Outras pesquisas, publicadas em revistas como Cell Metabolism e Cleveland Clinic, também apontam para os impactos negativos dos aditivos sintéticos no organismo. Esses estudos reforçam a necessidade de cautela ao incorporar adoçantes artificiais na dieta diária.

Alguns dos riscos potenciais incluem:

  • Impacto no metabolismo da glicose e risco de diabetes tipo 2: Alguns estudos sugerem que os adoçantes artificiais podem afetar negativamente o controle do açúcar no sangue e a sensibilidade à insulina, potencialmente aumentando o risco de diabetes tipo 2. Isso pode ocorrer através da alteração da resposta cefálica normal aos alimentos doces ou da modulação da produção de insulina e incretinas.
  • Saúde intestinal: Os adoçantes artificiais podem alterar a microbiota intestinal, o que pode levar a problemas gastrointestinais, como gases e alterações na motilidade intestinal. Algumas pesquisas indicam que podem aumentar a permeabilidade intestinal e afetar o metabolismo de aminoácidos pela flora intestinal, possivelmente gerando substâncias carcinogênicas.
  • Risco cardiovascular: Alguns estudos observacionais têm associado o consumo de adoçantes artificiais a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e doença cardíaca coronária. Um estudo em particular ligou o aspartame a um risco aumentado de eventos cerebrovasculares e a sucralose e o acesulfame de potássio a um maior risco de doença cardíaca coronária.
  • Aumento do risco de certos tipos de câncer: A preocupação sobre a ligação entre adoçantes artificiais e câncer surgiu na década de 1970, quando estudos em animais mostraram um risco aumentado de câncer de bexiga em ratos alimentados com altas doses de sacarina e ciclamato. Embora pesquisas posteriores em humanos não tenham confirmado esses achados para a sacarina, alguns estudos mais recentes sugerem uma possível ligação entre o consumo elevado de adoçantes artificiais (incluindo aspartame) e um risco ligeiramente maior de câncer em geral e de cânceres relacionados à obesidade.
  • Outros efeitos adversos: Alguns indivíduos relatam efeitos colaterais como dores de cabeça, fadiga, alterações de humor e tonturas associados ao consumo de certos adoçantes artificiais. Além disso, alguns adoçantes, como sorbitol e manitol, podem ter efeito laxativo em algumas pessoas.
  • Impacto no peso: Embora muitas pessoas usem adoçantes artificiais para controlar o peso, algumas pesquisas sugerem que eles podem estar associados ao ganho de peso e à obesidade. A teoria é que, como têm sabor doce, mas não fornecem as calorias esperadas, podem confundir o cérebro e não ativar completamente as vias de recompensa alimentar, levando a uma sensação de fome contínua.
  • Complicações na gravidez: O consumo de adoçantes artificiais durante a gravidez tem sido associado a um risco aumentado de parto prematuro em alguns estudos. Portanto, o uso deve ser limitado em mulheres grávidas, especialmente aquelas com diabetes ou resistência à insulina.
  • Preferência por doces em crianças: A exposição precoce a adoçantes pode levar ao desenvolvimento de uma preferência por doces ao longo da vida, o que pode levar ao maior consumo de açúcares ou adoçantes artificiais.

Quais as melhores alternativas naturais ao açúcar e adoçantes artificiais?

Para aqueles que buscam alternativas ao açúcar refinado e aos adoçantes artificiais, existem opções naturais que podem ser consideradas. Produtos como mel, xarope de agave e açúcar de coco são populares por oferecerem um sabor doce com menor impacto no índice glicêmico. Em alguns casos, esses produtos também possuem propriedades antioxidantes.

A OMS recomenda uma abordagem equilibrada à alimentação, priorizando alimentos naturais como frutas, legumes e verduras. A prática regular de exercícios físicos também é incentivada como parte de um estilo de vida saudável.

Qual é o futuro dos adoçantes na alimentação?

O debate sobre o uso de adoçantes artificiais continua a evoluir à medida que novas pesquisas são realizadas. A comunidade científica e as organizações de saúde estão focadas em entender melhor os efeitos de longo prazo desses produtos no corpo humano. Enquanto isso, a recomendação é que os consumidores façam escolhas informadas e moderem o uso de adoçantes artificiais em suas dietas.

Com o aumento da conscientização sobre os potenciais riscos associados aos adoçantes, espera-se que mais pessoas optem por alternativas naturais e adotem hábitos alimentares mais saudáveis.

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