Cinco líderes do PCV são condenados a mais de 24 anos de prisão

Cinco líderes do PCV são condenados a mais de 24 anos de prisão

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– Divulgação

Cinco líderes do PCV foram condenados a mais de 24 anos de prisão. Foram condenados os réus João de Andrade, Carlos Alberto Furtado da Silva, Geovani de Andrade Bento, Giovani Otacílio de Souza e Pablo Bernardes, pelos crimes de associação para o tráfico, com aumento da pena pelo emprego de arma de fogo, e pela prática de organização criminosa. Além do tempo previsto de prisão, eles terão que pagar multa de 1.166 dias com cada dia de multa sendo equivalente a 1/30 do salário mínimo vigente à época.Os condenados foram investigados pelo Ministério Público, por meio do GAECO, na Operação Armistício, deflagrada em 19 de julho de 2021, para investigar crimes praticados pelo PCV. Durante a realização da operação, os cinco presos integrantes do PCV foram transferidos da Unidade de Segurança Máxima Estadual para o Sistema Prisional Federal, com aplicação de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Réus não poderão recorrer em liberdadeOs cinco réus, que já se encontram presos, não poderão recorrer em liberdade por causa de um pedido feito pelo Ministério Público, “ante a gravidade concreta dos crimes”. Os réus também foram condenados a pagar R$ 50 mil como indenização mínima por danos morais difusos (por prejuízos causados a toda a sociedade), além de também serem condenados ao pagamento das custas processuais. A indenização será destinada a entidade sem fins lucrativos voltada à saúde ou segurança públicas.SentençaA sentença criminal destacou a influência do PCV no Espírito Santo: “A prova carreada demonstra que o denominado Primeiro Comando de Vitória – PCV apresenta enorme potencial econômico e bélico, sendo certo que sua sede está no Bairro da Penha, nesta Capital, mas com conexões em toda a região metropolitana e em unidades prisionais deste Estado, com clara ligação com o Comando Vermelho – CV, sediado no Rio de Janeiro.” A sentença também cita uma “cartilha” apreendida nas investigações com instruções sobre as regras do PCV e que se encontra disponível para acesso e consulta da população em geral. Cada líder tinha uma função específica“As provas demonstram que o réu Carlos Alberto, por meio de inúmeras visitas recebidas no sistema prisional, coordenava as mais importantes ações do grupo, sendo reverenciado como principal liderança por todos os demais membros da organização.” “Quanto ao réu Pablo Bernardes, importante destacar sua posição proeminente nesta organização criminosa, sendo suas ações de liderança especialmente ligadas ao bairro Jesus de Nazaré, além da prova carreada demonstrar sua capacidade de aquisição de drogas de pessoas “de fora” da ORCRIM (organização criminosa), com posterior distribuição interna.”“Em relação ao réu João de Andrade, vale destacar os bilhetes a ele endereçados e capturados na nuvem de Geovani de Andrade, que registram agradecimentos a ataques que foram feitos a rivais nos Bairros Conquista e Capixaba, além de menções ao lucro obtido com as ações de tráfico de drogas, denotando ações de abrangência interestadual.”“O réu Geovani de Andrade Bento tem forte atuação como liderança desta ORCRIM, agindo na coordenação da compra e venda de drogas, armas e munições e nos ataques armados aos grupos rivais, ocupando posição relevante no comando de todas as ações perpetradas.”“Giovani Otacílio de Souza, como demonstram os autos, exerce forte liderança na organização criminosa em análise, sendo suas ações de comando emanadas de dentro da unidade prisional, onde se encontra recolhido, com suas ordens encaminhadas por meio de visitantes que levavam as informações atualizadas relacionadas aos movimentos realizados pelo grupo criminoso.”

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