Foragido e condenado a 25 anos, enfermeiro tenta evitar prisão

Por SELES NAFES

Por unanimidade, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) manteve a ordem de prisão contra enfermeiro e técnico em radiologia Wesley Lieverson do Carmo, de 36 anos, condenado pelo homicídio do psicólogo Lorhan Moreira Amanajás, de 27 anos. Wesley continua foragido.

A Câmara Única do TJAP rejeitou o habeas corpus impetrado pela defesa, que alegava o suposto direito do réu de aguardar o julgamento do recurso em liberdade mesmo após decisão do Tribunal do Júri. Durante sustentação oral, o advogado afirmou que a prisão seria ilegal, sustentando a existência de cerceamento de defesa, além de irregularidades nas provas e no depoimento de testemunhas.

No entanto, o relator do HC, desembargador Carlos Tork, rejeitou o pedido. Em seu voto, leu na íntegra a denúncia do Ministério Público, baseada no inquérito policial, e também a decisão do Conselho de Sentença, proferida em julgamento encerrado em 27 de novembro de 2024. Ele considerou que a execução da sentença foi uma consequência lógica do processo, especialmente por se tratar de pena superior a 15 anos de prisão.

Polícia Civil divulgou foto do enfermeiro como foragido

Lorhan foi morto com três tiros no tórax em 28 de dezembro de 2017

Desembargador Carlos Tork: no Tribunal do Júri, execução provisória é imediata em penas acima de 15 anos

Lorhan foi morto com três tiros no peito, em frente à própria residência, no bairro Pacoval, no dia 28 de dezembro de 2017. De acordo com o processo, o crime teria sido encomendado. O autor dos disparos teria recebido fuga no carro de Wesley, que, segundo a investigação, teria agido por motivações passionais — ele estaria com ciúmes porque um ex-companheiro estaria se relacionando com a vítima.

Wesley participou do julgamento do Tribunal do Júri de forma remota, mas desligou a câmera e fugiu logo após ouvir a sentença de 25 anos de prisão. Dois dias depois, foi declarado foragido pela Polícia Civil do Amapá.

Na última quinta-feira (8), durante o julgamento do habeas corpus, o relator foi categórico ao afirmar que Wesley está fora do Amapá, o que reforça sua condição de foragido da Justiça.

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