PC divulga detalhes sobre assassinato de professor de jiu-jitsu em Vila Velha

Stanley Stein foi morto a tiros

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Reprodução / TV Tribuna

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava o assassinato do professor de jiu-jitsu Stanley Stein, de 48 anos, morto a tiros no dia 28 de fevereiro, no bairro Araçás, em Vila Velha. A ex-namorada dele e o executor dos disparos foram presos em março. Os detalhes da investigação foram divulgados nesta quarta-feira (14).As investigações apontaram que Rhaylan Moraes de Almeida, de 35 anos, foi o autor dos quatro tiros disparados contra o professor. O crime foi flagrado por câmeras de segurança, que mostram Rhaylan esperando a vítima sair de casa para executá-la. As imagens mostram que o professor tranca o portão e começa a caminhar pela calçada, quando o atirador dispara pelas suas costas. O professor é visto caindo no chão e o acusado ainda efetua outros três disparos, sendo que dois acertam a vítima. O Chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Daniel Fortes contou que a polícia chegou ao autor do homicídio pelo carro utilizado por ele. “A gente conseguiu as imagens que indicavam por qual rua o executor havia chegado e por onde ele saiu após o homicídio, o que ele estava vestindo e o possível carro usado para levar o executor ao local do homicídio”.Com base no carro usado, a polícia seguiu com as investigações, chegando à autoria. “A gente conseguiu identificar quem seria o condutor do veículo, que era um dos filhos do dono do veículo”, completou o delegado. A polícia então passou a investigar a ligação que o condutor do veículo pudesse ter com a vítima. Ex-namorada trabalhava com executor”A gente conseguiu identificar que uma ex-namorada do professor de jiu-jitsu trabalhava na mesma loja que este rapaz que estava sendo apontado como executor. Então com todos esses elementos, no dia 17 de março, a gente deflagrou uma operação e cumprimos três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária”, contou o delegado. 

Nicole Aparecida Muniz Liberato e Rhaylan Moraes de Almeida foram presos

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Divulgação / PCES

Os mandados foram realizados na loja onde os envolvidos trabalhavam e na casa de cada um deles. Nicole Aparecida Muniz Liberato, de 23 anos, foi presa em Ilha de Ayres, em Vila Velha. Já Rhaylan foi preso em  Jaburuna, no mesmo município. Durante a ação, a polícia apreendeu a arma de fogo utilizada no homicídio, registrada em nome do executor, que frequentava um clube de tiro em Cariacica e não tinha passagens pela polícia.A polícia descobriu ainda que Rhaylan já estava monitorando a vítima desde o dia 23 de fevereiro. Segundo o acusado, a motivação seria uma desavença entre ele e a vítima, que acontecia desde janeiro. “A motivação do homicídio, segundo o acusado, seria porque a vítima constantemente passava na loja por causa da ex-namorada, fato que a incomodava. E ele foi uma vez abordar o professor de jiu-jitsu, eles tiveram uma discussão e o professor de jiu-jitsu o teria agredido”, detalhou Daniel. Rhaylan teria monitorado a vítima e havia tentado concretizar o crime no dia anterior, sabendo o horário que  Stanley saía de casa, mas não efetuou o crime porque no dia em questão o professor saiu de casa acompanhado da filha.”A rotina do professor de jiu-jitsu foi toda passada pela ex-namorada, então por isso que ela foi também indiciada neste homicídio”, destacou o delegado. “Ela alega que o relacionamento era abusivo e que eles terminaram o relacionamento mas ele ficava indo atrás dela. Depois ela passou a ter um relacionamento com Rhaylan, que segundo eles começou em janeiro”, completou.Sabendo da relação entre Nicole e Rhaylan, a polícia passou a investigar a motivação do caso como ciúme. Nicole contou que no dia 23 havia recebido mensagens do professor de jiu-jitsu e que havia pedido para que ele parasse de entrar em contato, mas ainda assim ele foi até a casa dela nesse dia. “E aí começa o monitoramento da vida do professor no dia 23 para poder executar o crime no dia 28 de fevereiro”, apontou o delegado.Para a polícia, Nicole negou ter passado as informações sobre a rotina de Stanley. Ela e a vítima se conheceram quando ela foi aluna dele e tiveram um relacionamento entre abril e dezembro do ano passado. “A investigação caminhou no entendimento que o que motivou o homicídio na verdade foi o ciúmes do Rhaylan com relação à Nicole”, apontou o delegado. Ambos já respondem como réus em ação penal.

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