Correios acumulam prejuízo bilionário: “enquanto não privatizar, o rombo continua”

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O prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado pelos Correios em 2024 reacendeu o debate sobre a viabilidade da estatal e a necessidade de sua privatização. Após a divulgação do resultado negativo no Diário Oficial da União, a empresa anunciou um plano de contenção de custos que inclui mudanças no plano de saúde dos funcionários, revisão de jornadas e cortes operacionais. No entanto, para especialistas, essas medidas são paliativas.

Em entrevista à BM&C News, o analista de economia e política Miguel Daoud avaliou que a crise enfrentada pelos Correios não é nova — e que o plano apresentado dificilmente será suficiente para reverter o cenário atual. “É mais um resultado negativo de uma estatal que está operando com dificuldades há anos. Sempre há justificativas, como a concorrência com o comércio eletrônico ou a chamada ‘taxa das blusinhas’, mas o problema é estrutural”, afirmou.

Privatização dos Correios como única saída

Para o Daoud, a única solução viável seria a privatização dos Correios. “Não adianta prometer ajustes que nunca são implementados. O plano de saúde dos funcionários e o déficit na previdência interna da empresa comprometem a rentabilidade. A gestão estatal, historicamente, não consegue resolver essas questões”, avaliou.

Ele também lembrou que o modelo atual da empresa dificulta investimentos eficientes e prejudica a competitividade em um setor que já conta com forte presença da iniciativa privada. “Enquanto o governo continuar insistindo em administrar a estatal, o rombo vai continuar.

Obstáculo ideológico é pedra no sapato dos Correios

Apesar das dificuldades financeiras, o especialista reconhece que a privatização enfrenta resistência política. “O partido no poder tem uma visão ideológica contrária à venda de estatais. Portanto, mesmo com prejuízos crescentes, é pouco provável que a privatização dos Correios avance neste governo”, concluiu.

A estatal, por sua vez, afirma que pretende reverter o resultado negativo com o plano de reestruturação e alcançar equilíbrio fiscal nos próximos anos. O mercado, no entanto, segue cético.

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