Cidade de Deus ficará ocupada após morte de policial no RJ

José Antônio LourençoReprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro seguirá atuando na Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital, até localizar os responsáveis pela morte do agente José Antônio Lourenço, de 39 anos, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A informação foi confirmada pelo governador Cláudio Castro nesta segunda-feira (19), em publicação nas redes sociais.

O policial foi baleado durante uma operação que tinha como objetivo o fechamento de uma fábrica de gelo acusada de funcionar com água contaminada. A ação foi realizada com base em determinação judicial. Segundo a Polícia Civil, os agentes foram recebidos a tiros por criminosos na chegada à comunidade. Lourenço chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu.

A operação foi conduzida por equipes da Core e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). De acordo com a Polícia Civil, os agentes atuavam para desarticular a distribuição do produto irregular, que estaria sendo vendido em praias da região.

Por meio das redes sociais, o governador Cláudio Castro lamentou a morte do policial e afirmou que “a resposta será dada à altura”. Segundo ele, “já foi determinada a permanência das forças de segurança na comunidade até que os autores do ataque sejam identificados e presos”.

Ainda na publicação, Castro declarou que “quem fecha escolas e hospitais e paralisa serviços públicos, não é o Estado, não é a polícia. São os criminosos. São eles que oprimem a população e tentam impor o medo nas comunidades”.

José Antônio Lourenço também atuou na gestão municipal do Rio de Janeiro. Ele foi subsecretário de Ordem Pública durante o governo do prefeito Eduardo Paes (PSD). Esta foi a terceira vez, em dois meses, que um policial da Core foi baleado em operações na capital.

A Polícia Civil ainda não informou se houve prisões ou apreensões durante a ação na Cidade de Deus. Até a última atualização desta reportagem, o policiamento permanecia reforçado na região.

Veja a fala completa de Cláudio Castro

”Hoje, mais uma vez, nossos agentes estavam nas ruas para combater o crime, e, infelizmente, o policial civil José Antônio Lourenço, da CORE, morreu atacado por marginais durante uma operação na Cidade de Deus.

Minha solidariedade à família e aos amigos. A perda de um dos nossos sempre será sentida com dor, mas esse to covardenão ficará impune. A resposta será dada à altura.

Já determinei que a polícia não deixe a comunidade até que os responsáveis por esse ataque sejam encontrados.

Fomos cumprir determinações judiciais para fechar uma fábrica de gelo que funcionava com água contaminada e fomos recebidos a tiros.

É importante deixar claro: quem fecha escolas e hospitais e paralisa serviços públicos, não é o Estado, não é a polícia. São os criminosos. São eles que orpimem a pouplação e tentam impor o medo nas comunidades. E é contra isso que nós estamos lutando todos os dias”.

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