Ministério da Agricultura classifica marcas de “café fake” como impróprias para consumo

O termo “café fake” refere-se a produtos que se apresentam como café, mas que, na verdade, não contêm o grão em sua composição. Esses produtos são rotulados como “pó para preparo de bebida sabor café” e podem confundir os consumidores, pois suas embalagens imitam as de marcas famosas. Além disso, são geralmente mais baratos, o que pode atrair compradores desavisados.

Esses produtos são problemáticos porque são feitos de impurezas e matérias estranhas, sem a presença de café verdadeiro. Segundo o Ministério da Agricultura do Brasil, a legislação permite até 1% de impurezas na produção de café, mas proíbe completamente elementos estranhos, como grãos de outros gêneros, corantes e açúcar. Além disso, alguns lotes desses produtos apresentaram níveis elevados de micotoxinas, substâncias cancerígenas, acima do permitido por lei.

Como identificar o ‘Café Fake’ nas prateleiras?

Identificar o “café fake” pode ser desafiador devido às estratégias de marketing utilizadas por essas marcas. Elas costumam usar embalagens que imitam as cores, fontes e até mesmo os nomes de marcas populares de café. Por exemplo, a marca Melissa, que foi desclassificada pelo Ministério da Agricultura, tem um nome e uma embalagem que lembram a marca Melitta.

Os consumidores devem estar atentos às descrições nas embalagens. Produtos que não são café verdadeiro geralmente têm a indicação “pó sabor café” em letras pequenas. Além disso, é importante observar se a embalagem contém imagens de xícaras de café e grãos, que podem ser enganosas. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) alerta que um pacote de 500 g desses produtos pode ser encontrado por preços significativamente mais baixos, como R$ 13,99.

Ministério da Agricultura classifica marcas de "café fake" como impróprias para consumo
Café x café fake. Créditos: Reprodução/redes sociais.

Quais são os riscos de consumir ‘Café Fake’?

O consumo de “café fake” pode representar riscos à saúde devido à presença de impurezas e micotoxinas. Essas substâncias podem causar problemas de saúde a longo prazo, incluindo o risco de câncer. Além disso, a falta de café verdadeiro significa que o consumidor não está recebendo os benefícios associados ao consumo de café, como antioxidantes e cafeína.

O Ministério da Agricultura recomenda que os consumidores que adquiriram esses produtos deixem de consumi-los imediatamente. É possível solicitar a substituição do produto com base no Código de Defesa do Consumidor. Caso os produtos ainda estejam sendo vendidos, é importante comunicar a ocorrência às autoridades competentes por meio do canal oficial Fala.BR.

Por que esse produto está se tornando popular?

O “café fake” tem ganhado popularidade em parte devido ao seu preço mais acessível. Na Europa, esse tipo de produto já é conhecido e agora está se expandindo para o mercado brasileiro. A combinação de embalagens atraentes e preços baixos pode ser um fator decisivo para muitos consumidores, especialmente em tempos de crise econômica.

No entanto, é crucial que os consumidores estejam informados sobre o que estão comprando. A conscientização sobre a diferença entre café verdadeiro e “café fake” é essencial para evitar enganos e proteger a saúde. Organizações de defesa do consumidor, como o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), estão trabalhando para educar o público sobre esses produtos e seus riscos.

O que fazer se você já comprou?

Se um consumidor perceber que comprou “café fake”, a primeira ação recomendada é interromper o consumo do produto. Em seguida, é possível buscar a substituição ou reembolso do produto, conforme as disposições do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, é importante relatar a venda desses produtos às autoridades para que medidas possam ser tomadas contra a comercialização de produtos enganosos.

O governo brasileiro incentiva a comunicação de tais ocorrências através do Fala.BR, fornecendo o nome e endereço do estabelecimento onde a compra foi realizada. Essa ação ajuda a monitorar e controlar a venda de produtos que não atendem aos padrões de segurança e qualidade exigidos pela legislação.

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