Popularidade em baixa: economista aponta fracasso da estratégia de Lula

A crescente queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem raiz mais profunda do que simples falhas de comunicação, segundo o economista Vandyck Silveira. Em entrevista à BM&C News, ele avalia que o governo sofre com falta de agenda propositiva, distanciamento da realidade da população e erosão de apoio entre os segmentos que foram decisivos para sua eleição em 2022.

O Lula está obsoleto. Insiste em estratégias que já não funcionam mais. Tenta comprar apoio no Congresso como fazia com o mensalão, e tenta conquistar os mais pobres com políticas assistencialistas, mas essa fórmula envelheceu”, afirma Silveira. Para ele, a popularidade em queda é reflexo de um governo que não se reinventou e perdeu conexão com seus próprios eleitores.

Popularidade do governo vem perdendo apoio dos mais pobres

Dados da pesquisa Genial/Quaest, citados por Silveira, mostram uma forte deterioração na popularidade de Lula entre os brasileiros com renda de até dois salários mínimos – justamente sua base tradicional. “Esse grupo quer dignidade, não quer mais viver de bolsas e assistencialismo. Eles buscam emprego, educação e uma perspectiva de mobilidade social”, avalia o economista.

Segundo ele, o modelo atual oferece dependência, não emancipação, e isso explica a rejeição crescente vista também nas eleições municipais de 2024. “O PT e o presidente Lula oferecem uma relação de vício. Mas o pobre hoje quer autonomia e dignidade, não mais submissão ao Estado”, critica.

Popularidade de Lula: classe média e liberais também

Vandyck também aponta que o governo perdeu o apoio de uma fatia relevante da classe média e de liberais moderados, que rejeitavam o radicalismo do governo anterior e votaram em Lula como uma escolha de transição. “Muitos de nós fomos iludidos. Eu mesmo votei no Lula acreditando que ele montaria um governo de coalizão, de equilíbrio institucional, mas isso não aconteceu. Ele traiu essa confiança”, afirma.

De acordo com o economista, a falta de liderança efetiva e o esvaziamento de uma agenda clara de reformas e crescimento transformaram o governo em uma estrutura sem direção. “Lula não representa mais nem os mais pobres, nem a elite intelectual. Ficou isolado no meio do caminho”, conclui.

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