Israel deve impedir que navio de Greta Thunberg atraque em Gaza

Embarcação com destino à Gaza com Greta Thunberg e um brasileiro à bordoReprodução/Freedom Flotilla

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) não vão permitir a atracação do navio Madleen, com ativistas de direitos humanos e do clima, como Greta Thunberg, na área da Faixa de Gaza.

A emissora estatal KAN News informou que o governo de Israel a princípio considerou permitir que o navio atracasse em Gaza, por considerar que não representava uma ameaça, mas depois voltou atrás.

A chamada “Flotilha da Liberdade” saiu da Sicília, na Itália, no último domingo (1º) levando suprimentos e ajuda humanitária aos palestinos que vivem em Gaza. A bordo do navio, além da sueca Greta Thunberg, há um brasileiro chamado Thiago Ávila.

Caso não seja interrompido no caminho, o grupo de ativistas deve chegar em Gaza neste sábado (07). É possível acompanhar a localização do navio pelo site da “Coalizão Flotilha pela Liberdade”, que organizou a missão humanitária.

Cerco israelense

O objetivo da viagem é romper o bloqueio da IDF, que controla a região. De acordo com o jornal israelense The Jerusalem Post, as Forças de Defesa estão se preparando para o protesto com o envio de forças de segurança para a área, embora ainda não tenha sido decidido como lidar com a embarcação.

Segundo fontes militares obtidas pelo jornal, com base em experiências anteriores, uma mensagem direta será transmitida aos manifestantes para que não entrem na área.

Caso os manifestantes desafiem ordens, o exército israelense pode assumir o controle da embarcação e prender os tripulantes, transferindo-os para o porto de Ashdod, de onde serão deportados, explica o The Jerusalem Post.

Outras embarcações já tentaram chegar a Gaza

Nos últimos 20 anos, houve um total de seis flotilhas de protesto notáveis ​​rumo à Faixa de Gaza com o objetivo de “romper o cerco à Faixa de Gaza”. De acordo com o jornal, o protesto mais notável ocorreu em maio de 2010 e envolveu mais de cinco embarcações tentando chegar à costa de Gaza.

Um caso notório foi do navio Mavi Marmara, que tinha parlamentares europeus e ativistas de direitos humanos nele, levando ajuda humanitária.

O jpost conta que a Marinha israelense assumiu o controle do navio, quando “ocorreu um ataque terrorista contra soldados das Forças de Defesa de Israel”, que reagiram com armas de fogo. No confronto, 10 civis turcos morreram e soldados israelenses ficaram feridos com diferentes graus de gravidade. O episódio resultou em uma crise diplomática entre Turquia e Israel.

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