Justiça Militar prende policial que jogou entregador de ponte em São Paulo; 13 agentes foram afastados

A Justiça Militar decretou a prisão do soldado Luan Felipe Alves Pereira nesta quinta-feira, 5. O policial foi flagrado jogando o entregador Marcelo, de 25 anos, de uma ponte na Vila Clara, Zona Sul de São Paulo, durante a dispersão de um baile funk no último domingo (1º).

Marcelo caiu de uma altura de três metros, sofreu ferimentos, mas passa bem.

O caso foi registrado por testemunhas e gerou forte repercussão. Nas imagens, é possível ver o policial segurando Marcelo pela camiseta e o arremessando da ponte sem aparente resistência.

 

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O homem, que é trabalhador e não tem antecedentes criminais, foi socorrido por moradores da região.

Prisão e histórico do soldado

Após prestar depoimento na Corregedoria da Polícia Militar, Luan foi detido e, agora, com a ordem da Justiça Militar, será encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital, após exames no Instituto Médico Legal (IML).

O soldado já foi investigado em 2022 por homicídio, após a morte de um homem com 12 tiros em Diadema. O caso foi arquivado após o Ministério Público concluir que houve legítima defesa.

Os crimes inicialmente imputados a Luan são lesão corporal e violência arbitrária, conforme o Código Penal Militar.

O encarregado do inquérito, capitão Manoel Flavio de Carvalho Barros, afirmou que as imagens contradizem as justificativas do policial, que alegou ter “projetado” o entregador ao solo.

Afastamento de 13 policiais e investigação da Justiça Militar

Além da prisão de Luan, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, determinou o afastamento de 13 policiais envolvidos direta ou indiretamente na ocorrência.

Todos são do 24º Batalhão de Polícia Militar de Diadema e estavam em operação na Vila Clara no momento do incidente.

As câmeras corporais utilizadas pelos policiais serão analisadas pela Corregedoria e pelo Ministério Público, que abriu uma investigação paralela.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que “um policial que joga uma pessoa da ponte não está à altura de usar a farda” e prometeu punições severas.

Reação de autoridades e sociedade

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou o episódio como “estarrecedor” e designou o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) para atuar no caso.

Ele destacou a importância de punir exemplarmente os responsáveis para preservar a credibilidade das forças de segurança.

A família de Marcelo também se manifestou. O pai do entregador, Antonio Donizete do Amaral, afirmou que o filho sempre foi trabalhador e não tem histórico policial.

“A polícia deveria proteger a população, não fazer isso. É inadmissível”, declarou.

Contexto do caso e próximos passos

O episódio ocorreu durante a dispersão de um baile funk na Vila Clara, região de Cidade Ademar.

Segundo testemunhas, o entregador foi abordado após cair de moto durante uma perseguição.

A Justiça Militar decretou sigilo no inquérito, que será conduzido pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público.

 

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