Justiça da Romênia anula eleições presidenciais vencidas por extrema direita


Calin Georgescu participa de debate entre candidatos a presidente em Bucareste, na Romênia
Inquam Photos/Octav Ganea via REUTERS
A principal corte da Romênia anulou nesta sexta-feira (6) o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais do país e afirmou que todo o processo eleitoral precisará ser refeito.
A segunda rodada estava prevista para acontecer no domingo, e a votação já começou em seções eleitorais no exterior.
Após obter apenas um dígito nas pesquisas antes da primeira rodada presidencial em 24 de novembro, Calin Georgescu —que quer encerrar o apoio da Romênia à Ucrânia contra a invasão russa— surpreendeu ao vencer o pleito, o que levantou questões sobre como tal surpresa poderia ter ocorrido em um estado-membro da União Europeia e da Otan.
Documentos desclassificados pelo principal conselho de segurança da Romênia na quarta-feira indicaram que o país foi alvo de “ataques híbridos agressivos russos” durante o período eleitoral.
“O processo eleitoral para eleger o presidente da Romênia será totalmente refeito, e o governo definirá uma nova data e… o calendário para as etapas necessárias”, disse o tribunal em um comunicado.
A segunda rodada da eleição presidencial, que deveria ocorrer no domingo, teria colocado Georgescu, um candidato de extrema-direita pró-Rússia, contra a líder centrista pró-UE Elena Lasconi.
Partidos de extrema-direita também tiveram um bom desempenho nas eleições parlamentares de domingo na Romênia, embora o Partido Social-Democrata, governante, tenha saído como o maior grupo e espere formar uma coalizão pró-UE.
O tribunal não questionou a integridade da votação parlamentar.
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