Suplemento alimentar infantil: quando usar e como garantir a saúde e o crescimento das crianças

Garantir o desenvolvimento saudável das crianças vai muito além de oferecer refeições coloridas e equilibradas. Quando a alimentação não supre todas as necessidades nutricionais, o suplemento alimentar infantil pode se tornar um aliado indispensável para preencher essas lacunas. Mas quando usá-los? E quais os cuidados necessários para garantir a segurança dos pequenos?

Criança lambendo os lábios tomando leite com suplemento alimentar

Suplemento alimentar infantil pode ser misturado a bebidas e outras comidas – Foto: Freepik

À primeira vista, isso pode ser um desafio, especialmente para aqueles que possuem necessidades nutricionais específicas ou estão em uma fase de crescimento acelerado. Nesse cenário, complementos vitamínicos e nutritivos podem ser a chave para um desenvolvimento saudável e seguro.

Para que serve o suplemento alimentar infantil?

Devido à rapidez do desenvolvimento do corpo na infância, componentes como vitaminas, minerais e demais nutrientes são essenciais para o crescimento saudável. Como as crianças são consideradas mais vulneráveis às deficiências nutricionais, muitas vezes é necessária a adoção de suplemento alimentar infantil.

Compostos por vitaminas e minerais, os suplementos alimentares infantis podem vir isolados ou em múltiplas combinações, presentes na proteína do leite, carboidratos, fibras e outros itens essenciais para o crescimento dos pequenos.

Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), os suplementos alimentares preferenciais a serem ingeridos nessa fase da vida são as vitaminas A e D, bem como os minerais iodo, zinco e ferro.

Assim como os insumos consumidos por adultos, o suplemento alimentar infantil é disponibilizado em diferentes formatos, que facilitam a ingestão. Os mais conhecidos são os pós saborizados diluídos no leite, gomas de mascar, gotinhas e outros tipos.

Qual a diferença entre o suplemento alimentar convencional e o infantil?

Crianças são altamente sensoriais e visuais, logo, cápsulas e comprimidos são pouco atrativos. Por isso, os suplementos alimentares infantis já possuem formatos mais convincentes de serem ingeridos pelos pequenos, muitas vezes na forma líquida.

As principais diferenças entre os suplementos nutricionais para a infância e os convencionais estão na dosagem dos ingredientes, na formulação e na restrição alimentar.

Naturalmente, os suplementos alimentares infantis possuem uma dose de componentes vitamínicos e proteicos proporcionais ao tamanho delas, variando conforme a fase da infância.

Os suplementos infantis costumam priorizar nutrientes essenciais para o crescimento, desenvolvimento cognitivo e fortalecimento do sistema imunológico, como ferro, cálcio, vitamina D, e ácidos graxos ômega-3.

Há também um cuidado especial para que esses produtos infantis não contenham ingredientes altamente estimulantes, como adoçantes e a cafeína. E o principal: um suplemento alimentar infantil tem o propósito de suprir uma baixa nutricional e são indicados a partir de uma recomendação médica.

Como funciona a prescrição de suplementos para as crianças?

A indicação do uso de suplementos alimentares para as crianças parte de médicos especialistas, como pediatras e nutricionistas, que consideram as necessidades específicas de cada criança.

Visto que o ideal é que as crianças adquiram os componentes essenciais para o corpo pela ingestão de frutas, legumes e verduras, a suplementação é algo pontual e não contínuo.

Criança comendo uma fatia de melancia

Junto a suplementação é importante que os pequenos comam frutas e verduras – Foto: Pixabay

Veja a seguir as etapas da prescrição de suplementos para as crianças:

  • Avaliação do estado nutricional: Primeiramente, o profissional avalia o estado nutricional da criança por meio de exames de sangue, avaliação física e questionários alimentares. Eles verificam se a criança apresenta alguma deficiência, como de ferro, vitamina D ou cálcio, que possa justificar a suplementação.
  • Consideração de fatores específicos: O médico leva em conta fatores como idade, peso, altura, estágio de desenvolvimento, nível de atividade física e condições de saúde específicas, como alergias, intolerâncias alimentares ou doenças que impedem a absorção de nutrientes.
  • Dosagem: Com base nos resultados dos exames, o pediatra ou nutricionista define qual nutriente precisa ser suplementado, na proporção correta para evitar tanto a deficiência quanto o excesso, que pode ser prejudicial.
  • Forma de suplemento: O formato do suplemento é adaptado para as preferências da criança. Por exemplo, crianças menores podem receber suplementos em forma de gotas ou pó para misturar com alimentos, enquanto crianças mais velhas podem preferir gomas ou comprimidos mastigáveis.
  • Monitoramento contínuo: A suplementação em crianças exige acompanhamento constante. O profissional de saúde agenda retornos para reavaliar a necessidade de manter ou ajustar a suplementação, especialmente se ela for realizada por um período mais longo.
  • Orientação alimentar conjunta: Geralmente, o profissional também orienta os pais sobre como melhorar a dieta da criança para que o suplemento seja apenas um apoio temporário. A ênfase costuma ser dada em aumentar o consumo de alimentos ricos nos nutrientes que estavam em déficit.

Qual o melhor suplemento para dar para criança?

A melhor maneira de definir o suplemento alimentar infantil é por meio da prescrição médica, que irá avaliar qual deficiência nutricional precisa ser corrigida. Claro que existem componentes mais comuns e que serão adotados com maior frequência.

Um bom exemplo são o uso da vitamina D, especialmente para os pequenos com pouca exposição ao sol. Já o ferro é indicado para prevenir a anemia e fortalecer o crescimento saudável.

Criança brincando na praia

A exposição ao sol é uma ótima fonte de vitamina D para as crianças – Foto: Pixabay

Outros minerais também fazem parte da dieta nutricional, como o cálcio para o desenvolvimento dos ossos e ômega-3 para a melhora da capacidade cerebral e da visão.

Por sua vez, os probióticos contribuem para a regulação da saúde intestinal e aumento da resistência imunológica. Por fim, estão os multivitamínicos, ideais para crianças com dieta seletiva e limitada.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.