Catarinenses doam R$ 21,4 milhões em IRPF a projetos sociais, mas potencial é maior

Em 2025, os catarinenses destinaram R$ 21,4 milhões do Imposto de Renda a fundos sociais, um aumento de 27,49% em relação ao ano anterior.

O número de contribuintes que aderiram à iniciativa também cresceu 28,64%, passando de 15,7 mil para 20,2 mil pessoas.

O valor doado também subiu significativamente: saltou de R$ 16,8 milhões no ano passado para R$ 21,4 milhões em 2025, um crescimento de 27,49%. Apesar do avanço, o montante ainda está longe do potencial total.

Se todos os contribuintes habilitados destinassem o percentual máximo permitido, Santa Catarina poderia ter direcionado R$ 542,5 milhões a fundos sociais – ou seja, apenas 3,95% desse valor foi efetivamente repassado.

FIESC incentiva doações e destaca impacto socioeconômico

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) tem sido uma das principais incentivadoras da destinação de parte do IRPF a projetos sociais. Mario Cezar de Aguiar, presidente da entidade, comemorou o aumento nas doações, mas destacou que ainda há espaço para crescimento.

“Mais uma vez, registramos avanço no número de contribuintes e no valor doado. No entanto, estamos muito abaixo do potencial. A indústria catarinense continuará incentivando essa prática, que movimenta a economia local e gera impacto social direto”, afirmou.

Anualmente, a FIESC promove a campanha IRPF do Bem, que orienta a população sobre como destinar parte do imposto a iniciativas voltadas a crianças, adolescentes e idosos.

Como funciona a destinação

Os contribuintes podem direcionar até 3% do IRPF devido aos Fundos da Criança e do Adolescente e outros 3% aos Fundos do Idoso, sem custo adicional.

Os recursos são geridos por conselhos municipais, com participação da sociedade civil e do poder público, e financiam projetos que garantem direitos básicos a esses grupos.

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A doação não afeta a restituição nem aumenta o valor do imposto pago, pois o valor destinado é deduzido do cálculo final. Basta indicar a opção na declaração do IRPF, seja no modelo completo ou simplificado.

Empresas também podem contribuir

Além das pessoas físicas, empresas podem destinar parte do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) a projetos sociais, com limites específicos. A FIESC reforça que a participação do setor privado é essencial para ampliar o impacto das doações.

Para 2026, a expectativa é que mais catarinenses adotem a prática, transformando o imposto em investimento direto no desenvolvimento social do estado.

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