Acusado de ataque a equipe da embaixada de Israel nos EUA é preso

Mulher coberta com bandeira israelenseLevi Meir Clancy/Unsplash

Elias Rodriguez, 31, foi acusado de dois homicídios qualificados e porte ilegal de arma após matar a tiros Yaron Lischinsky, 30, e Sarah Lynn Milgrim, 26, funcionários da embaixada de Israel, na noite desta quarta-feira (21) em Washington, D.C. As informações são do USA Today.

O crime ocorreu às 22h (horário de Brasília), a cerca de 1,6 km da Casa Branca, quando o casal saía de um evento no Capital Jewish Museum.

Autoridades investigam o caso como ato de terrorismo e crime de ódio antissemita.

Jeanine Pirro, procuradora interina dos EUA, afirmou que Rodriguez também responde por homicídio de uma autoridade estrangeira e uso de arma em crime violento, segundo o USA Today.

Em coletiva, ela destacou que as acusações iniciais foram formalizadas em menos de 24 horas e que a pena de morte pode ser solicitada se houver condenação.

Testemunhas relataram que Rodriguez gritou “Libertem a Palestina” após ser detido por seguranças do local.

Katie Kalisher, presente no evento, contou ao USA Today que Rodriguez entrou no museu após os tiros, fingindo estar assustado.

Ao puxar um lenço palestino (keffiyeh), ele teria dito: “Eu fiz isso. Fiz por Gaza, libertem a Palestina”, antes de ser preso.

Yoni Kalin, organizador do evento, afirmou que o suspeito foi acolhido por participantes, que não perceberam sua culpa até a chegada da polícia, relata o USA Today.

Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, funcionários da embaixada de Israel nos EUA mortos na última quarta-feira (21)Embaixada de Israel

Vítimas estavam prestes a se casar

Lischinsky e Milgrim, que trabalhavam em projetos de reconciliação entre israelenses e palestinos, seriam noivos, segundo o embaixador de Israel nos EUA. Ele planejava pedi-la em casamento em Jerusalém na semana seguinte.

Sarah, que combatia o antissemitismo, já havia denunciado pichações de suásticas em sua escola no Kansas em 2017.

Amigos a descreveram como uma pessoa “iluminada” e engajada na promoção da paz.

Reações políticas e reforço na segurança

Líderes republicanos e democratas, incluindo o presidente Donald Trump, condenaram o ataque.

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, reforçou que a cidade “não tolerará violência ou ódio“.

O museu, que recebeu verba de segurança dias antes, planeja reabrir com medidas protetivas ampliadas. O FBI afirmou que o caso tem “atenção total” da agência.

Museu e comunidade em luto

Beatrice Gurwitz, diretora do Capital Jewish Museum, classificou o ato como “violência antissemita horrível” e prometeu manter o local como espaço de diálogo.

O Museu do Holocausto em Washington emitiu nota alertando para a “explosão mundial de antissemitismo“.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.