Influenciadora volta a ser presa por divulgação de jogos de azar; ‘único meio de vida’, alegou em depoimento


A jovem Marta Evelyn (conhecida como Yrla Lima nas redes sociais) alegou que continuou com a prática por ser esse “seu único meio de vida”. Ela foi presa preventivamente e será encaminhada ao presídio. Influenciadora Yrla Lima volta a ser presa por divulgação de jogos de azar
Pedro Lima/g1
A influenciadora Marta Evelyn (conhecida como Yrla Lima) voltou a ser presa nesta quarta-feira (18) por divulgação ilegal de jogos de azar. Segundo o delegado Humberto Mácola, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a jovem alegou que continuou com a prática por ser esse “seu único meio de vida”. Ela foi presa preventivamente e será encaminhada ao presídio.
Conforme Mácola, a prisão aconteceu na residência onde a jovem mora em Teresina, no bairro Alto da Ressurreição, Zona Sudeste da capital, e foi levada à sede da DRCI para depor.
“No depoimento dela, ela diz que ela continuou porque é o meio de vida dela, só tem como ganhar dinheiro através dessa prática, mas não se justifica. Existem muitas outras práticas lícitas do trabalhador brasileiro que podem ser feitas”, declarou.
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Ela destacou que ela chegou a divulgar os jogos nesta quarta (18) e foi presa horas depois da divulgação. Por volta das 18h, o g1 conseguiu acessar um dos perfis utilizados pela jovem e registrou a divulgação das plataformas de apostas (veja abaixo).
“Não só ela, mas qualquer outra pessoa que estiver divulgando qualquer tipo de ilícito, colaborando justamente com a criminalidade, será alvo da DRCI e da Polícia Civil. Inclusive, hoje mesmo ela postou nas redes sociais o crime. É por isso que a gente não pode deixar isso fora do radar, não podemos deixar que isso aconteça, estamos preocupados com a sociedade piauiense e com as pessoas que são lesadas nesses jogos de azar”, disse Mácola.
O delegado disse ainda que ela divulgou o jogo diversas vezes nesta quarta (18)
Reprodução
Operação Jogo Sujo
Yrla e outros influenciadores foram presos em 9 de outubro, durante a segunda fase da Operação Jogo Sujo, em Teresina, ação da Polícia Civil para reprimir a divulgação de jogos de azar ilegais na internet.
Oito pessoas foram presas (veja quem são): seis delas em cumprimento a mandados de prisão por crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor a erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os outros dois foram presos em flagrante. Sete foram presos em Teresina e um em um hotel de São Paulo.
Entre presos e alvos de busca, os investigados tiveram bens como dinheiro e veículos apreendidos. Até o momento, o g1 confirmou que tiveram mandados cumpridos pela operação Jogo Sujo II:
Pedro Lopes (Lokinho) (preso)
Brenda Raquel (Brenda Ferreira) e o pai (presos)
Diogo Macedo (Diogo Xenon) (preso)
Letícia Ellen Negreiro de Abreu (presa)
Milena Pamela (presa)
Antônio Robson (Robin da Carne)
Raimundo Alves Torres (Cabo Jairo) (bens apreendidos) (preso)
Avelar dos Reis Mota (Sargento Mota) (busca na casa)
Marta Evelin (Yrla Lima) (presa)
Maria Geiceli (Babados Teresina) (buscas na casa)
Jefferson Victor (Teresina Fofoqueira) (buscas na casa)
Matheusinho
Matheus Guerra da Silva
João Vaz Neto
Yasmin Sales
Douglas Guimarães Pereira Neves (preso em SP)
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), os influenciadores digitais foram investigados pelos crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor ao erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O delegado Alisson Landim, que presidiu a investigação, nas divulgações das plataformas de jogos, são usados métodos de enganar as pessoas, como vídeos de falsos ganhadores e de apostas vitoriosas falsas.
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Por já possuírem um número elevado de seguidores nas redes sociais, esses influenciadores investigados foram agenciados pelas plataformas de apostas, que ofereciam o trabalho de divulgação, como fazem marcas comuns.
Durante a ação, a SSP-PI cumpre oito mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão nas cidades de Teresina, Timon (MA) e Caxias (MA). Os policiais apreenderam ainda armas de fogo, joias e carros de luxo, além de dinheiro vivo. A quantia em dinheiro apreendida com todos os investigados soma R$ 500 mil.
O delegado Humberto Mácola, titular da Delegacia de Repressão aos crimes de informática, explicou que os investigados tinham outras atividades e fontes de renda, mas são incompatíveis com o patrimônio deles: carros caros, joias e casas luxuosas.
“Apesar de popular, destrói famílias, coloca pessoas diante da morte, do suicídio, pessoas venderam coisas, casas, objetos, para continuar esse jogo ilegal. Por mais que pareça uma coisa pequena, está sendo maléfica à sociedade piauiense, brasileira”, comentou o delegado Humberto Mácola.
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