Bombeiro de Timbó, cabo Jacobi salvou jovem de 18 anos; conheça a história

No dia 3 de novembro, o cabo Maurício Jacobi, do Corpo de Bombeiros de Timbó, saiu do serviço e seguia de carro para casa.

Na SC477, no bairro Araponguinhas, ele viu uma jovem à beira da rodovia muito agitada em meio a uma discussão com um rapaz.

“Percebi que ela estava em risco. Parei o carro e dei início ao protocolo de prevenção, começando pelo diálogo, tentando acalmá-la”, contou ao Misturebas News.

A jovem entrou em surto e tentou se jogar em meio aos carros. Jacobi foi rápido e conseguiu contê-la. Cena de filme mesmo, garante Maíra Barth, que presenciou o fato.

“Eu moro em Indaial e estava passando de carro com a minha família. Vimos a cena toda, o que ele fez foi muito incrível”, contou com admiração.

Em cima da moça, segurando para que ela não atentasse contra a própria vida nem causasse um acidente, o cabo conseguiu ligar para a corporação e pedir reforços.

O ato de bravura foi homenageado na Câmara de Timbó na sessão da última terça-feira, 19. Jacobi recebeu uma “moção de aplauso pela determinação e coragem no ato de salvamento”.

O bombeiro ficou feliz com a homenagem e reforçou a importância de refletirmos, como sociedade, sobre a saúde mental.

Bombeiro de Timbó, cabo Jacobi salvou jovem de 18 anos; conheça a história
Cabo Jacob e Maíra (Foto: Andressa Maas/Misturebas News)

Dados preocupantes

Cerca de mil crianças e adolescentes, na faixa etária entre 10 e 19 anos de idade, cometem suicídio no Brasil a cada ano.

Os dados são da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e foram levantados entre 2012 e 2021.

Como ajudar

Ninguém sabe o tamanho do sofrimento que esta jovem, que ganhou uma segunda chance, está enfrentando. O que a gente pode deduzir é que ela precisa de ajuda.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional pelo telefone 188, que funciona 24 horas.

Aqui peço licença ao leitor para escrever em primeira pessoa. O assunto é delicado, mas precisamos falar sobre ele.

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Busquei para esta reportagem algumas informações importantes, retiradas de uma entrevista dada ao portal UOL pela psicóloga e suicidologista (área da psicologia dedicada a estudar processos autodestrutivos), Karina Okajima Fukumitsu.

A pesquisadora afirma que uma pessoa que pensa em se matar não quer desistir da vida, mas sim matar o que a faz sofrer. Quando o assunto é suicídio, todas as faixas etárias merecem atenção.

A melhor forma de ajudar é ouvir de forma respeitosa, compreendê-la pelo ponto de vista dela e buscar construir com ela uma solução.  

Julgar, criticar e desrespeitar quem está em extremo sofrimento só piora a situação.

Frases como “você não vai fazer essa besteira, né?”, “vai passar”, “isso é frescura” e “bola pra frente” jamais devem ser ditas, pois reduzem a nada a dor que está corroendo o outro por dentro.

O que faz a diferença é se aproximar com carinho e respeito. Não menosprezar nem supervalorizar o que a pessoa está sentindo, mas reconhecer que esse sofrimento tem um significado para ela.

De forma sincera, perguntar onde está doendo, qual é o problema que ela não consegue resolver e se colocar à disposição para ajudar.

Frases como “estou com você”, “você não está sozinho”, “me ajude a te ajudar”, “vamos juntos encontrar uma maneira de você sair dessa situação”, funcionam como uma injeção de ânimo para quem está sem energia.

Para completar, é importante buscar procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica.

 

 

 

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