Alerta: Incêndios na Amazônia superam estimativas de desmatamento

Os incêndios florestais na Amazônia atingiram proporções alarmantes em 2024, queimando uma área significativa de 67 mil quilômetros quadrados. Este número ressalta uma discrepância preocupante em relação às taxas de desmatamento oficialmente divulgadas, que estipularam uma perda de 6,3 mil quilômetros quadrados.

Os dados foram revelados pelo Monitor do Fogo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e discutidos na Conferência do Clima de Baku, a COP29. As circunstâncias climáticas adversas, incluindo seca extrema, aumentaram a vulnerabilidade da floresta e contribuíram para a extensão e intensidade dos incêndios.

Qual a diferença entre desmatamento e incêndios na Amazônia?

Embora relacionados, o desmatamento e os incêndios na Amazônia são processos distintos que afetam a floresta de maneiras diferentes. O desmatamento refere-se à remoção total da vegetação nativa, enquanto os incêndios podem deixar a vegetação danificada, mas ainda presente. A cicatriz deixada pelo fogo na paisagem é o que permite que pesquisadores, utilizando imagens de satélite, monitorem e calculem sua extensão.

A evolução das metodologias de detecção

As metodologias para medir o impacto do desmatamento e dos incêndios são visivelmente diferentes. Enquanto o desmatamento é identificado por mudanças de cor no solo exposto nas imagens de satélite, os incêndios são detectados pelas cicatrizes que deixam na vegetação. As imagens de satélite, coloridas conforme as mudanças na paisagem, são cruciais para o monitoramento e a avaliação dos danos.

Créditos: depositphotos.com / gustavofrazao

Por que o fogo continua a ser um problema crescente?

As mudanças climáticas globais e a seca extrema têm contribuído para o aumento dos incêndios florestais na Amazônia. A combinação de árvores desfolhadas, maior exposição ao sol e a entrada de ar quente cria um ambiente propício para a propagação do fogo. Esse padrão resulta em danos contínuos à floresta, com consequências de longo prazo para sua recuperação e para a liberação gradual de carbono na atmosfera.

Como os incêndios afetam as emissões de carbono?

Os incêndios na Amazônia influenciam as emissões de carbono, pois as árvores queimadas liberam o carbono armazenado ao longo dos anos. Ao contrário do desmatamento, onde a liberação de carbono é quase imediata, nos incêndios, as árvores podem morrer lentamente, liberando carbono de forma gradual. Este fenômeno impacta as negociações globais sobre mudanças climáticas, ressaltando a necessidade de incluir essas emissões nos inventários oficiais.

A atenção global aos incêndios na Amazônia continua a crescer, destacando a urgência de novas estratégias de proteção e recuperação. Monitorar e mitigar esses incêndios são etapas essenciais na luta contra as mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade amazônica.

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