“Perdoamos”, diz mãe que perdeu a filha em atropelamento em Vila Velha

Mara Núbia lamenta a perda da pequena Laura, aos 6 anos, durante acidente

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Reprodução/TV Tribuna

“Liberamos o perdão”. A afirmação é de Mara Núbia Borges, de 35 anos, atropelada junto com a filha Laura Beatriz, de 5, em frente ao Pronto-Atendimento (PA) da Glória, em Vila Velha. A menina morreu e a mãe tem sequelas do acidente.A fala da mãe ocorreu após a primeira audiência do caso, realizada na quinta-feira (21). “Como somos evangélicos, e meu esposo deu o perdão a ele (condutor do veículo), a gente tem sempre que liberar o perdão, como a Bíblia fala, não é?”, disse em entrevista à reportagem da TV Tribuna.Laura Beatriz e a mãe foram atropeladas enquanto atravessavam na faixa de pedestres, no dia 21 de agosto.Segundo Mara, na quinta-feira, o motorista Wenderson Fagundes Melo de Oliveira e o pai dele pediram várias vezes desculpas e também choraram várias vezes na presença de Heidson Fantoni, marido de Mara Núbia.Eles não conseguiram conversar diretamente com Mara e, de acordo com o marido, ele desculpou os dois e disse ao rapaz que isso serviu de lição para ele.Sobre o acidente, Mara disse que pensou se atravessaria a faixa de pedestres ou não, pois ficou na dúvida se um primeiro carro pararia ou não. “Já que ele parou, eu senti a segurança de atravessar. Quando cheguei naquela parte do meio, ouvi um barulho, vi o carro que estava vindo em alta velocidade e resolvi correr. Voei longe”.Mara disse que Wenderson chegou na audiência logo após seu depoimento e sentou atrás dela. “Eu dei uma olhada, ele estava de cabeça baixa, chorando de soluçar”.Ela contou que precisou reconstruir ossos do joelho e da perna, colocou platina e parafusos no braço esquerdo e perdeu o movimento da mão esquerda.O advogado Rômulo Almeida Delai informou que Wenderson aguarda uma decisão da Justiça sobre sua liberdade.“Assim como foi conversado com o senhor Heidson, marido de Mara, a família de Wenderson está fazendo o possível para ajudar, especialmente no apoio financeiro, colaborando com a compra de remédios e questões médicas. Ontem (quinta) foi um dia muito difícil e sensível para as famílias”.

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