Vacina da gripe: quem toma pega? Preciso pagar? Veja 12 respostas sobre a campanha de imunização


Vacina deve ser tomada anualmente e protege contra as principais variantes da influenza que devem circular no inverno. Vacina contra a gripe
Prefeitura de Bertioga/Divulgação
Como acontece anualmente, o Ministério da Saúde iniciou na segunda-feira (7) a campanha nacional de imunização contra a gripe, voltada para grupos mais vulneráveis.
Entre os grupos prioritários estão crianças, gestantes e idosos acima de 60 anos, que têm direito à vacinação gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Já quem não faz parte do público-alvo, pode se imunizar nas clínicas particulares.
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Abaixo, veja perguntas e respostas sobre a vacina contra a gripe:
Qual é a vacina contra a gripe oferecida neste ano pelo SUS?
Qual da diferença da vacina das clínicas particulares para a do SUS?
Quanto custa, em média, a vacina nas clínicas particulares?
A vacina contra a gripe protege contra o H1N1 e outras variantes?
Vacina contra a gripe dá gripe?
Se tomei a vacina no ano passado, preciso de outra este ano?
Por que só alguns grupos têm direito à vacina gratuita no SUS?
Quem não está no grupo prioritário pode tomar a vacina? Vale a pena pagar?
Crianças pequenas e gestantes podem tomar a vacina contra a gripe?
A vacina contra a gripe pode ser tomada junto com outras vacinas?
Quais os possíveis efeitos colaterais da vacina contra a gripe?
Tomei a vacina e fiquei gripado depois. A vacina falhou?
1. Qual é a vacina contra a gripe oferecida neste ano pelo SUS?
A vacina oferecida no SUS é um imunizante trivalente atualizado para as cepas que devem circular neste inverno: dois tipos de influenza A (H1N1 e H3N2) e um de influenza B.
2. Qual da diferença da vacina das clínicas particulares para a do SUS?
A grande diferença entre a vacina das clínicas particulares para a vacina do SUS é o público-alvo. Enquanto na rede pública somente os grupos prioritários podem receber o imunizante, na rede privada a vacina é universal – isto é, independentemente da idade ou se tem ou não algum fato de risco, a pessoa pode tomar a vacina.
Além disso, diferentemente da vacina do SUS, o imunizante da rede particular é quadrivalente (protege contra duas linhagens da influenza B).
Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que, há alguns anos, essa cobertura extra representava cerca de 20% a mais de proteção, mas o cenário mudou.
“Desde a pandemia, curiosamente, houve o desaparecimento de uma das linhagens B. Portanto, se você toma a trivalente ou a quadrivalente não faz mais diferença em termos de proteção”, explica o infectologista.
3. Quanto custa, em média, a vacina nas clínicas particulares?
Nas clínicas particulares a vacina custa entre R$ 100 e R$ 120, em média.
4. A vacina contra a gripe protege contra o H1N1 e outras variantes?
Sim! A vacina contra influenza de 2025 protege contra as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. São as variantes previstas para circularem no inverno deste ano.
5. Vacina contra a gripe dá gripe?
Não! Isso porque a vacina é feita com fragmentos do vírus morto, apenas suficiente para induzir a uma resposta imune.
“Nosso organismo reconhece como algo diferente, como um vírus, e passa a produzir anticorpos de defesa para quando, de fato, nós encontramos o vírus natural, a gente já tenha construído nossa resposta imune e evite o adoecimento”, detalha.
6. Se tomei a vacina no ano passado, preciso de outra este ano?
Sim! Como o vírus muda todos os anos, a vacina tem que ser renovada anualmente.
Além disso, a proteção conferida por essa imunizante é de cerca de seis meses, ou seja, a vacinação em um ano não é capaz de proteger da temporada de gripe do ano seguinte, mesmo que o vírus não se modificasse.
7. Por que só alguns grupos têm direito à vacina gratuita no SUS?
O Ministério da Saúde determina um público-alvo para proteger as pessoas mais vulneráveis ao vírus, além de profissionais de saúde e educação, para auxiliar a diminuir a transmissão.
Os grupos de risco são justamente os que tem o maior risco de desenvolver a forma grave da influenza e por isso devem ser protegidos de maneira prioritária.
8. Quem não está no grupo prioritário pode tomar a vacina? Vale a pena pagar?
Vale, já que a vacina é eficaz em todas as idades e protege contra as formas mais graves da doença.
“Não ficar doente e não transmitir é sempre muito bom. É desejável que todos pudessem se vacinar e que haja vacina disponível para todos”, recomenta Kfouri.
9. Crianças pequenas e gestantes podem tomar a vacina contra a gripe?
Sim, devem! As crianças de 6 meses a menos de 6 anos e as gestantes fazem parte do público-alvo da vacinação contra a gripe. Esses grupos estão entre os mais vulneráveis ao vírus.
O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses de idade.
10. A vacina contra a gripe pode ser tomada junto com outras vacinas?
Sim! A vacina contra a influenza pode ser tomada junto com outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
11. Quais os possíveis efeitos colaterais da vacina contra a gripe?
A vacina é extremamente segura, então os efeitos colaterais mais comuns são:
Reação local
Dor
Febre
Mal-estar
De acordo com o infectologista, as reações acontecem em cerca de 20% dos vacinados.
12. Tomei a vacina e fiquei gripado depois. A vacina falhou?
Existem casos de pessoas que tomam a vacina e mesmo assim adoecem, já que nenhuma vacina é 100% eficaz – ela reduz o risco das formas graves da doença.
“Mas muita gente faz confusão. Ficou doente não porque pegou realmente gripe, mas porque é um resfriado, sinusite […] nem toda doença respiratória é gripe”, alerta Kfouri.
Além disso, as pessoas às vezes tomam a vacina da gripe no meio da temporada de circulação do vírus, o que pode reduzir o efeito do imunizante. A vacina leva ao menos 15 dias para fazer efeito.
Campanha Nacional de Vacinação contra gripe começa nesta segunda-feira
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