
A Embraer (EMBR3) divulgou seus dados de entregas do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com um total de 30 aeronaves repassadas aos clientes. O número representa um avanço de 20% em relação ao mesmo período de 2024, mas ainda ficou abaixo da expectativa de mercado, que previa 31 unidades. A diferença de desempenho entre os segmentos de aviação comercial e executiva chamou atenção de analistas e investidores.
Aviação comercial abaixo da meta levanta alerta entre investidores
No segmento comercial, a fabricante entregou apenas sete aeronaves, número inferior ao previsto, com destaque para duas unidades do modelo E195-E2 a menos do que o esperado. O resultado ficou aquém das expectativas e gerou cautela quanto ao ritmo de recuperação da divisão.
Mesmo com essa frustração, a empresa manteve suas projeções para 2025, estimando entre 77 e 85 entregas comerciais até o fim do ano, além de receita total entre US$ 7 e 7,5 bilhões e margem EBIT ajustada de 7,5% a 8,3%. A Embraer continua apostando na retomada do crescimento.
Aviação executiva supera previsões e injeta otimismo nos relatórios
Já a divisão executiva entregou 23 jatos, superando as estimativas do mercado e contribuindo com cerca de US$ 30 milhões em receitas. O Bradesco BBI destacou esse desempenho como um dos principais fatores positivos do trimestre, reforçando sua recomendação de compra para os ADRs da empresa com preço-alvo de US$ 60. O sucesso da Embraer no setor executivo foi notável.
A estratégia de distribuir as entregas de forma mais uniforme ao longo do ano foi apontada como um dos motivos para o bom resultado no setor executivo.

Bancos mantêm visão positiva mesmo diante de desafios no setor
Itaú BBA, JPMorgan e Santander mantiveram classificações de outperform para os papéis da Embraer. As instituições destacam a sazonalidade do período, o impacto da cadeia de suprimentos na aviação comercial e a resiliência da demanda por jatos executivos como fatores que sustentam a confiança nas metas da companhia.
O JPMorgan também destacou o backlog recorde de US$ 26,8 bilhões, com encomendas como 15 jatos E190-E2 para a ANA e quatro C-390 para a Suécia. Este backlog é um diferencial importante para a Embraer.
Ações da Embraer seguem estáveis e próximos trimestres serão decisivos
Apesar do desempenho misto, os analistas continuam otimistas com o potencial de valorização dos papéis. Negociadas a cerca de US$ 45,83 na Nyse, as ações da Embraer podem reagir positivamente conforme os próximos trimestres confirmem o cumprimento das metas estabelecidas.
O mercado agora aguarda sinais mais consistentes da recuperação na aviação comercial, enquanto a demanda contínua por jatos executivos segue sustentando parte dos resultados da companhia. A Embraer deve continuar observando esses fatores chave.
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