Cidades do futuro nos games: o que podemos aprender com essas visões?

Dos arranha-céus infinitos aos becos iluminados por neon, as cidades do futuro retratadas nos videogames muitas vezes vão além da estética. Elas propõem reflexões sobre tecnologia, sociedade, meio ambiente, segurança e desigualdade. Através dessas simulações, os games nos convidam a imaginar — e questionar — os rumos das cidades reais.

Neste artigo, exploramos como os jogos futuristas representam o espaço urbano e o que essas projeções têm a dizer sobre o presente e o futuro da humanidade.

Cyberpunk 2077: mega cidades e o colapso da ética corporativa

A Night City de Cyberpunk 2077 é um exemplo clássico de cidade distópica futurista. Com gigantescos arranha-céus, propaganda em cada canto e pobreza enraizada, o jogo retrata um mundo onde megacorporações ditam as regras. Apesar de hipertecnológica, a cidade é decadente, desigual e cheia de violência — um alerta para o futuro de centros urbanos entregues ao capital sem regulação.

Mirror’s Edge: o minimalismo opressor

A cidade sem nome de Mirror’s Edge é clean, branca, organizada — mas absolutamente controlada. Câmeras por todos os lados, censura extrema e ausência de liberdade individual. É uma visão estética do totalitarismo urbano: bela por fora, sufocante por dentro. Um lembrete de que ordem sem liberdade pode ser distopia.

Watch Dogs: Legion: tecnologia como vigilância

A Londres de Watch Dogs: Legion é uma capital europeia avançada tecnologicamente, mas vigiada por drones, câmeras e sistemas automatizados. A cidade inspira discussões sobre privacidade, inteligência artificial e segurança pública. Mostra como o avanço tecnológico sem ética pode levar ao controle social disfarçado de modernidade.

KHARKOV, UKRAINE – NOVEMBER 12, 2020: Video game controller Gamesir g3s on table with Watch Dogs Legion game on big display – Créditos: depositphotos.com / Mehaniq

The Outer Worlds: urbanismo colonial interplanetário

Embora se passe fora da Terra, The Outer Worlds traz conceitos de urbanismo futurista colonizador. Cidades planejadas por corporações, propaganda como arquitetura e uma lógica de produtividade extrema. Um espelho do que pode acontecer quando interesses econômicos moldam totalmente o espaço urbano.

SimCity / Cities: Skylines: utopias e aprendizados práticos

Apesar de menos narrativos, esses simuladores de cidade permitem que o jogador teste modelos urbanos, explore políticas públicas e lide com temas como trânsito, moradia, poluição e energia. Eles mostram que o futuro urbano depende de planejamento, equilíbrio e escolhas conscientes.

O que os games futuristas nos ensinam sobre cidades reais?

  • Que tecnologia sem ética pode gerar desigualdade, controle e exclusão;
  • Que o design urbano influencia comportamento, bem-estar e liberdade;
  • Que há potencial criativo para repensar mobilidade, habitação e meio ambiente;
  • E que o futuro não é inevitável — é moldado por decisões tomadas hoje.

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