Real resiste à pressão global e fica fora das maiores quedas cambiais, aponta Austin Rating

Enquanto moedas de diversos países emergentes acumularam perdas expressivas nos últimos dias, o real brasileiro conseguiu manter estabilidade no período, se desvalorizando menos do que os demais países emergentes, segundo levantamento da Austin Rating. O estudo considerou o fechamento da Ptax no dia 9 de abril de 2025, às 13h30, e analisou o comportamento das principais moedas globais frente ao dólar.

O destaque negativo ficou com a Líbia, que viu seu dinar recuar -12,9% no período entre 2 e 9 de abril. Em seguida, aparecem a Nigéria, com o naira desvalorizado em -5,94%, e a Venezuela, onde o bolívar soberano caiu -5,74%. Os países africanos sentiram a forte queda nos preços do petróleo.

Na América Latina, a Colômbia também sentiu os efeitos da aversão global ao risco, com desvalorização de -3,94% do peso colombiano, enquanto Samoa completou o grupo das cinco moedas que mais perderam valor, com queda de -3,65%.

O real brasileiro, por sua vez, se manteve fora da lista das maiores quedas do período, demonstrando relativa resiliência mesmo em meio às incertezas fiscais internas e à expectativa de manutenção dos juros altos no exterior.

Real brasileiro sofre menos

Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o desempenho do real no ranking reflete que, dentro de uma certa normalidade do comércio exterior — ainda que com tarifas pontuais aplicadas a alguns países —, o Brasil tem apanhado menos do que outras economias emergentes.

Mesmo com a manutenção da guerra comercial entre Pequim e Washington, que traz impactos negativos para a economia global, o real tende a sofrer menos, ou se recuperar mais rápido“, afirmou o economista.

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