Brasil pode perder protagonismo global sem ajuste fiscal, alerta economista

Falências de dois bancos no Brasil revelam falha no sistema

Em entrevista ao programa BM&C News, o economista-chefe da Way Investimentos, Alexandre Espírito Santo, afirmou que o Brasil corre o risco de desperdiçar uma janela de oportunidade estratégica no cenário internacional se não avançar em seu ajuste fiscal. Segundo ele, o país tem ativos valiosos como a produção de commodities essenciais — petróleo, minério de ferro e alimentos — mas isso por si só não é suficiente para atrair investimentos em um mundo cada vez mais volátil.

“O país sim poderia de alguma maneira se beneficiar diante dessa grande chacoalhada. Mas isso só será possível se avançarmos em reformas que garantam credibilidade fiscal“, alertou Espírito Santo.

Brasil corre risco em ficar entre EUA e China

O economista classificou a disputa tarifária entre Estados Unidos e China como um “chicken game” — jogo em que ambos os lados arriscam perder se nenhum recuar. Nesse contexto de incerteza, investidores tendem a buscar países que ofereçam estabilidade e responsabilidade fiscal. “O mundo está muito focado nesse embate. Os demais países ficam escanteados até que essa tensão se resolva”, disse.

Para se diferenciar entre os emergentes, Alexandre Espírito Santo defende que o Brasil deve “sublimar as perturbações políticas e colocar as reformas fiscais como prioridade máxima“.

Ambiente político é obstáculo

O economista reconhece que o ambiente político atual não favorece grandes avanços. Ele cita como exemplo a discussão sobre a anistia partidária no Congresso, que pode atrasar a tramitação de projetos importantes. “É preciso não se contaminar com pautas secundárias e focar no essencial: responsabilidade fiscal e reformas estruturantes“, concluiu.

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