Justiça mantém prisão de mãe que matou recém-nascida no interior de Alagoas


Eduarda Silva de Oliveira foi presa em flagrante na terça-feira depois de confessar que escondeu o corpo da menina em um armário. Ela chegou a apresentar duas versões para a morte da criança. Eduarda Silva Oliveira passa por audiência de Custódia em Maceió
Erik Maia/TV Gazeta
A Justiça decidiu que a Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, deve continuar presa pela morte da recém-nascida Ana Beatriz. A audiência de custódia ocorreu nesta quarta-feira (16) no Fórum do Barro Duro, em Maceió. O corpo da menina foi liberado para sepultamento no início da tarde.
Eduarda foi presa em flagrante na terça-feira (15) depois de confessar ter escondido o corpo de Ana Beatriz em um saco plástico dentro de um armário junto com materiais de limpeza. Após a prisão, ela apresentou duas versões para a morte da criança, em uma delas, que teria sufocado a filha com um travesseiro.
A Justiça determinou que enquanto estiver presa a mãe passe por um tratamento psicológico e que fique em uma cela separada.
O enterro de Ana Beatriz deve ocorrer na cidade onde a família mora, em Novo Lino (AL).
Delegados dizem que corpo não estava na casa
O delegado Igor Diego afirmou que as buscas realizadas dentro da casa da família desde o primeiro dia do desaparecimento de Ana Beatriz não indicaram que havia um corpo no imóvel. Ele disse que, na segunda-feira (14), uma cadela especializada em encontrar corpos farejou toda a casa, inclusive o armário em que o corpo da bebê foi encontrado, e não localizou o cadáver.
Segundo o delegado, a mãe da bebê não passou a noite de segunda-feira na residência e não havia mais ninguém na casa, o que pode ter contribuído para a ocultação do cadáver. A polícia investiga se houve participação de outra pessoa na ocultação do corpo.
“A mãe pode ter se desesperado e pedido a ajuda de algum familiar para fazer isso. E se aproveitando desse momento em que não havia ninguém na casa, ninguém na rua, porque a mãe da criança estava em outra região de Novo Lino, essa pessoa pode ter pego esse corpo e colocado na armário. São coisas que a investigação ainda vai trabalhar”, afirmou o Igor Diego.
Versões contraditórias para o desaparecimento
Na última sexta-feira (11), a mãe procurou a polícia para dizer que a sua filha tinha sido arrancada de seus braços por quatro criminosos em um carro preto no meio da BR-101. Uma operação foi montada e as buscas pela menina seguiram até o interior de Pernambuco.
Um homem chegou a ser preso suspeito de participação no sequestro em Vitória de Santo Antão (PE), mas foi liberado.
Depois de ser confrontada pelos policiais, a mãe mudou a versão e disse que homens armados invadiram a casa dela, a estupraram e depois levaram a bebê. Segundo a polícia, ela deu cinco versões, ao todo, para o desaparecimento da filha. Todas foram descartadas pela Polícia Civil.
Diante das novas informações, uma operação foi montada na segunda para encontrar a bebê Ana Beatriz em Novo Lino. A Polícia Civil chegou a procurar em cisternas e até em latas de lixo, mas não encontrou o corpo da criança.
Somente nesta terça, depois que ela admitiu ao advogado onde havia escondido o corpo, é que o crime foi descoberto.
Ao ser acionada pelo pai da criança e pelo advogado, a Polícia Civil foi até a casa da família, mas a porta estava trancada. Os policiais precisaram invadir a casa pela janela para localizar o cadáver.
Mãe de recém-nascida morta em Novo Lino passa por audiência de custódia
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