Família de estudante morta na Bolívia consegue nova autópsia

Por JONHWENE SILVA, de Santana

O caso da estudante de medicina santanense Jenife Silva, assassinada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, continua gerando questionamentos e a comoção de amigos e familiares.

A irmã dela e dois tios continuam na cidade onde ocorreu o crime, encontrando dificuldades para se manter, inclusive realizando ações para arrecadar recursos financeiros. Além disso, foi confirmado que o corpo de Jenife deverá passar por uma nova autopsia – particular, encomendada pela defesa da vítima.

As investigações apontam que Jenife foi morta dentro do apartamento onde morava no dia 2 de abril. Ela foi encontrada nua, com sinais de estrangulamento. Porém, familiares contestam o laudo da causa morte apresentada pelas autoridades bolivianas que estariam fazendo “pouco caso”, nas investigações da estudante.

Os questionamentos se referem às poucas informações no laudo pericial que apontou apenas morte por asfixia mecânica, sem evidenciar qualquer espancamento.

Vítima estudava medicina na cidade boliviana. Fotos: Redes Sociais

Familiares indicam que não houve perícia no preservativo encontrado no local. O exame toxicológico que poderia indicar possível envenenamento também não teria sido feito, apesar de necessário. Além disso, a polícia Boliviana nem mesmo solicitou imagens do circuito de câmeras nos arredores do local do crime, segundo a família.

“Saber o que de fato aconteceu. A primeira autópsia feita aqui faltou muitos detalhes, a família não estava presente e se aproveitaram disso, tava extremamente vaga. Então se fez necessário uma nova”, mencionou Jessi Silva, irmã da vítima – que está na Bolívia cobrando empenho das autoridades locais.

Ajuda

Além das dificuldades em obter detalhes do crime, familiares que estão em Santa Cruz de La Sierra, enfrentam problemas financeiros.

Inicialmente, se imaginava uma realidade, completamente diferente do que eles pensavam. Um exemplo pode ser citado nos custos advocatícios, onde o orçamento era em torno de R$ 4 mil, porém, o valor já chegou a R$ 17,5 mil. Os parentes precisam emitir passaporte (onde foi necessário pagar), devido as autoridades não aceitarem o documento de identificação brasileiro.

“Os valores que se imaginavam ultrapassaram todos os orçamentos que a família havia se planejado. Tivemos e estamos tendo ajuda de algumas autoridades locais, porém, já estamos com déficit de pelo menos dezoito mil reais. Então, a campanha de doação de pix está ajudando bastante, mas ainda precisamos de muitos recursos para o translado de Santa Cruz até São Paulo e de São Paulo para Macapá. Ou seja, ainda contamos com a ajuda de todos”, explicou Maic Bezerra, cunhado de Jenife.

Ainda na relação de despesas dos familiares, estadia, alimentação e passagem de retorno para o Brasil, fazem parte da extensa lista de custos. Com isso, amigos estão divulgando a chave pix CPF – 029.146.662-17 (Jessijeny Almeida da Silva) para receber doações.

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