Com fortes ventos, pilotos impressionam ao realizarem “pouso-caranguejo”; veja imagens

Em condições climáticas adversas, como ventos fortes, a habilidade dos pilotos é posta à prova. Um exemplo notável é o uso da técnica de pouso conhecida como pouso caranguejo, que se torna essencial para garantir a segurança durante aterrissagens em situações de vento cruzado. Nesta quarta-feira (16/4), no Aeroporto de Birmingham, ventos de até 80 km/h obrigaram pilotos a recorrer a essa manobra para pousar com segurança.

O pouso caranguejo é uma técnica avançada que requer precisão e experiência. Durante o procedimento, o piloto inclina o nariz do avião na direção do vento, mantendo a fuselagem alinhada com a pista. Isso cria a impressão de que a aeronave está pousando de lado, antes de se alinhar completamente com a pista. Essa técnica é crucial para evitar que o vento desvie o avião da trajetória desejada.

Como funciona o ‘pouso caranguejo’?

A técnica do pouso caranguejo envolve uma série de passos coordenados. Primeiramente, o piloto deve calcular a direção e a velocidade do vento. Com essas informações, ele ajusta o ângulo do nariz do avião em relação ao vento. Isso permite que a aeronave mantenha sua trajetória em linha reta, apesar das rajadas laterais.

Durante a aproximação final, uma das rodas do trem de pouso toca o solo primeiro, seguida pela outra. Essa abordagem assimétrica ajuda a estabilizar o avião e a compensar o efeito do vento cruzado. A tração dos motores também é ajustada para auxiliar na correção da trajetória, garantindo que o avião permaneça no curso desejado.

Como funciona:

  1. Aproximação em ângulo: Durante a aproximação final, o piloto intencionalmente inclina o nariz da aeronave na direção do vento. Isso faz com que a aeronave voe em um ângulo em relação à pista, semelhante a um caranguejo andando lateralmente – daí o nome da técnica. As asas permanecem niveladas durante essa fase.
  2. Correção da deriva: Ao apontar o nariz contra o vento, o piloto compensa a tendência da aeronave de ser empurrada lateralmente pela força do vento, mantendo assim a trajetória desejada em direção à pista.
  3. Alinhamento antes do toque: Pouco antes do toque na pista, o piloto utiliza os comandos do leme (rudder) para alinhar o eixo longitudinal da aeronave com a linha central da pista. Simultaneamente, aplica ailerons (comandos das asas) opostos à direção do vento para manter as asas niveladas e evitar que a aeronave incline na direção do vento.
  4. Toque na pista: Idealmente, o toque na pista ocorre com o avião alinhado com a linha central e as asas niveladas. Em algumas situações, pode ser que a aeronave toque primeiro com a roda do lado do vento.

Por que usar o pouso caranguejo?

  • Segurança em ventos laterais: Permite um pouso mais controlado e seguro em condições de vento de través, evitando o estresse lateral excessivo no trem de pouso que ocorreria se a aeronave pousasse ainda “crabando”.
  • Manutenção da trajetória: Ajuda a manter a aeronave alinhada com a pista durante a aproximação, crucial para um pouso preciso.

Observações importantes:

  • Existem variações e combinações dessa técnica, como o “sideslip” (escorregamento lateral), onde a aeronave é mantida alinhada com a pista durante toda a aproximação, utilizando comandos cruzados de aileron e leme.
  • A técnica exata utilizada pode depender do tipo de aeronave, da intensidade e direção do vento, e da preferência do piloto.
  • É fundamental que os pilotos sejam bem treinados e experientes na execução de pousos com vento de través.

Quais aeronaves enfrentaram os ventos em Birmingham?

Vários voos enfrentaram as condições desafiadoras em Birmingham. Um dos casos foi o avião da companhia aérea Ilhas Azuis de Jersey, que precisou lidar com ventos de 80 km/h. A aeronave parecia despencar antes de ser estabilizada pelos pilotos. Outro exemplo foi um jato de passageiros da Vueling, vindo de Barcelona, que também utilizou a técnica do pouso caranguejo.

Além disso, um avião da Ryanair e outro da Aer Lingus, que partiu de Belfast, enfrentaram as mesmas condições climáticas extremas. Todos esses voos demonstraram a importância da técnica de pouso caranguejo para garantir a segurança dos passageiros e tripulação em situações de vento cruzado.

Por que a técnica do pouso caranguejo é essencial?

Com fortes ventos, pilotos impressionam ao realizarem “pouso-caranguejo”; veja imagens
Avião decolando – Créditos: depositphotos.com / photoncatcher63

O pouso caranguejo é uma habilidade crucial para pilotos que operam em aeroportos sujeitos a ventos cruzados frequentes. Sem essa técnica, as aeronaves correm o risco de sair da pista ou sofrer danos estruturais devido ao impacto lateral. Além disso, a segurança dos passageiros e da tripulação depende da capacidade do piloto de executar essa manobra com precisão.

Em suma, a técnica do pouso caranguejo é uma demonstração de como a aviação moderna combina tecnologia e habilidade humana para superar desafios naturais. Em situações de vento cruzado, essa manobra se torna uma ferramenta vital para garantir pousos seguros e bem-sucedidos.

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