Família de jovem morta pelo marido em SC precisa de ajuda para dar o último adeus

Por JONHWENE SILVA, de Santana

A família de Luiza Clara Guedes Silva, de 19 anos, vive um drama dobrado: o luto pela perda precoce da jovem assassinada e a dificuldade financeira para trazê-la de volta ao Amapá, sua terra natal.

Natural de Santana, a 17 km de Macapá, Luiza foi assassinada na cidade Criciúma, em Santa Catarina, com um golpe de “mata-leão” (estrangulamento), praticado pelo próprio marido, Gabriel Maximus da Silva Farias. O crime ocorreu no último dia 13.

Segundo relatos de familiares, o casal teve um desentendimento, e, durante a briga, o homem aplicou o golpe. Quando a equipe do Samu chegou ao local, Luiza já estava sem sinais vitais. Ela foi reanimada e levada ao Hospital São José, mas não resistiu. A morte foi confirmada nesta quinta-feira (17).

O suspeito do crime está preso preventivamente. Ele é pai do bebê de 21 dias ao qual Luiza Clara deu à luz recentemente. O caso está sendo investigado pelas autoridades catarinenses como feminicídio.

Além do recém-nascido, Luiza também era mãe de uma menina de 4 anos.

O pai e a madrasta da vítima, que viajaram até Criciúma com a ajuda de terceiros, agora lutam para viabilizar o translado do corpo ao Amapá, onde ela será sepultada. Os custos do procedimento, que incluem traslado aéreo e taxas funerárias, giram entre R$ 20 mil e R$ 25 mil — valor que a família não tem como arcar sozinha.

Jovem havia dado à luz a um menino 21 dias atrás

“Estamos pedindo ajuda a parentes, amigos e a quem puder colaborar. Só queremos dar o último adeus à Luiza em casa, com dignidade”, desabafa a madrasta, Isabela Nery.

As doações podem ser feitas por pix, diretamente para a chave 96-98140-7653, em nome de Jadroelson Oliveira da Silva, pai de Luiza Clara.

2º Caso

Luiza Clara foi o segundo caso de feminicídio em 2025 de jovens que deixaram Santana em busca sonhos fora do Estado do Amapá. No início do mês, a estudante de medicina Jenife Silva, também natural do município portuário amapaense, foi assassinada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde buscava a carreira de médica.

A família dela também ainda luta para trazer o corpo de volta à terra natal. Jenife Silva teria sido assassinada por um adolescente de 16 anos, que está em uma colônia agrícola de reabilitação para menores de idade.

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