Morte do Papa Francisco repercute no mundo


Nos cinco continentes, fiéis pararam o que estavam fazendo, buscaram uma igreja e rezaram por Francisco. Nessa cidade no Sudão do Sul, os moradores foram juntos badalar o sino. O carinho por esse Papa é grande. Na Nigéria, um homem disse: “Francisco viveu o último momento da vida dizendo: ‘Feliz Páscoa, o Senhor ressuscitou. Hoje ele ressuscitou com o Senhor’.”
Essa menina no Quênia resumiu: “Ele foi um Papa muito bom. Vou sentir falta dele para sempre.”
A morte também repercutiu nas Filipinas, Coreia do Sul, Kosovo, Hungria e Jerusalém. Na Igreja do Santo Sepulcro, um dos locais mais sagrados do Cristianismo, um padre celebrou Francisco como “um homem da paz”.
Em Jerusalém, católicos homenagearam o Papa Francisco
Reprodução/TV Globo
Em Paris, os sinos da Catedral de Notre-Dame tocaram 88 vezes – uma para cada ano de vida do Papa. O presidente francês Emmanuel Macron foi um dos primeiros políticos a falar. Ele destacou o olhar do Papa para os mais vulneráveis em tempos de guerra.
Emmanuel Macron, presidente da França, foi um dos primeiros políticos a lamentar a morte do Papa
Reprodução/TV Globo
Líderes de países em conflito se manifestaram. O russo Vladimir Putin descreveu o Papa como “um homem fora do comum”. O ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o Papa Francisco “sabia dar esperança, aliviar o sofrimento e promover a união”. “Ele rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos”, lembrou Zelensky. Hoje, foram os ucranianos que rezaram pelo Papa.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse ter esperança de que as orações de Francisco pela paz no Oriente Médio se concretizem. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se referiu ao Papa como um “fiel amigo do povo palestino” e lembrou que Francisco “reconheceu o Estado da Palestina”.
Em Roma, com bandeiras a meio mastro, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni disse que está profundamente triste, lembrou dos muitos conselhos que recebeu do pontífice e disse que Francisco foi um grande homem e pastor.
Da Alemanha, o primeiro-ministro Olaf Scholz elogiou a clareza do Papa ao abordar os desafios contemporâneos e disse que a igreja e o mundo perderam um defensor dos fracos.
O presidente americano Donald Trump escreveu: “Descanse em paz, Papa Francisco. Deus o abençoe e a todos os que o amavam.” Depois, na Casa Branca, disse que Francisco foi um homem bom, que ele amava o mundo. O vice-presidente americano JD Vance, católico, expressou solidariedade aos cristãos e lembrou o encontro que teve ontem com o Papa. Francisco estava nitidamente muito fraco.
A presidente do México definiu o Papa como um humanista que sempre esteve perto dos pobres. Claudia Sheinbaum falou em perda dolorosa. Na Ásia, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, descreveu Francisco como um “farol de compaixão, humildade e coragem espiritual”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, celebrou o Papa como uma voz transcendente pela justiça social.
A dedicação do Papa Francisco aos pobres, aos refugiados – aos marginalizados, em geral – foi o ponto em comum da grande repercussão internacional ao longo do dia. Aqui em Londres, muitos fiéis vieram prestar homenagens na Catedral de Westminster, da Igreja Católica. Mas a comoção foi em todo o Reino Unido. A Igreja Anglicana, o primeiro-ministro e o Rei Charles III lamentaram profundamente a morte do Papa.
Num comunicado do Palácio de Buckingham, Charles afirmou que ele e a Rainha Camilla estão com “o coração pesado”. O rei lembrou a visita a Francisco no início do mês. O comunicado fala em “perda devastadora de um fiel seguidor de Jesus Cristo”.
O cardeal britânico Timothy Radcliffe lembrou uma frase que o Papa costumava dizer e que ajuda a explicar a tristeza do mundo hoje: “O Papa dizia todos são bem-vindos, todos, todos,… porque ele acreditava que a Igreja é uma casa universal, em que todos devem se sentir acolhidos.”
Adicionar aos favoritos o Link permanente.