JPMorgan rebaixa ações do Brasil e eleva recomendação para México

O JPMorgan Chase rebaixou a recomendação das ações brasileiras de “overweight” para “neutro”, citando preocupações com o crescimento mais lento da China e os impactos da política comercial do futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Segundo o banco, a desaceleração da segunda maior economia mundial pode pressionar os preços das commodities, afetando diretamente o Brasil.

Além disso, o cenário de política monetária brasileira, com expectativas de elevação de juros em 2025, aumenta o desafio para o mercado acionário nacional.

Ações brasileiras enfrentam queda acentuada em 2024

O índice MSCI Brasil, que acompanha empresas nacionais, acumula uma queda de 23% no ano, em contraste com o desempenho positivo do MSCI Mercados Emergentes, que subiu 6%. Esse desempenho reflete a combinação de fatores externos, como a desaceleração chinesa, e internos, como a política monetária mais restritiva.

Analistas do JPMorgan destacaram que o aumento dos juros no Brasil pode limitar o crescimento das empresas, prejudicando ainda mais o desempenho no curto prazo.

México ganha protagonismo com elevação para “overweight”

Enquanto rebaixou o Brasil, o JPMorgan elevou a recomendação do México de “neutro” para “overweight”, justificando a decisão com base no forte crescimento dos Estados Unidos. “Há uma correlação bastante alta entre a produção industrial mexicana e a dos EUA”, afirmou Emy Shayo Cherman, estrategista do banco.

Apesar da elevação, o JPMorgan destacou que continuará monitorando as reformas institucionais mexicanas, que ainda representam um risco significativo para o país.

Impactos regionais e expectativas para o futuro

As mudanças nas recomendações do JPMorgan ressaltam a influência de fatores globais e regionais nas decisões de investidores. Enquanto o Brasil enfrenta desafios econômicos e políticos, o México aproveita os benefícios de sua proximidade econômica com os EUA.

A atenção agora se volta para as políticas fiscais e monetárias dos dois países, que serão determinantes para atrair capital estrangeiro nos próximos anos.


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