Jovem que perdeu os movimentos após onda: “Meu filho vai se recuperar”, diz mãe

Paulo Victor Ferreira está sendo cuidado pela mãe, Simone Ferreira, que precisou largar seu emprego

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Leone Iglesias/AT

Um jovem de 16 anos perdeu os movimentos do corpo após sofrer um acidente no mar da Praia da Costa, em Vila Velha. Em 19 de janeiro deste ano, Paulo Victor Ferreira  foi derrubado por uma onda e jogado em um banco de areia, acidente que causou um traumatismo raquimedular (TRM).A lesão causou danos neurológicos que afetaram as funções motoras do jovem e o deixaram tetraplégico. Paulo ficou 28 dias na UTI, em estado gravíssimo. Além disso, ele teve complicações no pulmão e na bexiga.Morador de Cariacica, hoje o jovem necessita de cama especial, remédios, fraldas e tratamento fisioterapêutico para viver. “Estou muito ansioso pela minha recuperação, minha mãe tem sido minhas pernas e meus braços e minha fé em Deus”, afirmou o jovem.A família de Paulo Victor está organizando uma vaquinha on-line para a realização de um tratamento fundamental para a melhoria da qualidade de vida do jovem.O tratamento será realizado no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, em cerca de quatro meses. A meta a ser alcançada é até R$ 85 mil. Até agora, foram arrecadados R$ R$ 73.524,45. O link é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-por-paulo-victor.  Contribuições também podem ser enviadas para o Pix: [email protected]. A mãe do jovem, Simone Ferreira, 51 anos, conta que deixou o trabalho formal para se dedicar aos cuidados com o filho que, segundo ela, quebrou a vértebra C5, provocando uma lesão medular incompleta. Pela lesão, hoje ele se encontra em um quadro de tetraplegia.“Estamos lutando para conseguir levar meu filho para o Sarah Kubitschek. Ele começou a firmar a cabeça, creio que para Deus tudo é possível”, disse.A major Gabriela Andrade, especialista em Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros, disse que os TRMs mais comuns são causados por saltos no raso e deu dicas para preveni-los, como sair da água de frente para o mar.Simone Ferreira, mãe do adolescente: “Meu filho vai se recuperar”A Tribuna – Com quem seu filho foi à praia naquele dia?Simone Ferreira – Foram ele, um amigo com a namorada, a mãe da namorada e duas primas do amigo, no total, seis pessoas.Como foi o acidente?Ele estava saindo do mar, era umas 17h30, veio uma onda contra ele e o jogou no banco de areia.Como a senhora soube do que aconteceu com ele?Por volta das 18h30, a mãe de um amigo me ligou, dizendo o que tinha acontecido e que ele estava no Hospital São Lucas. Chegando lá, não me deixaram entrar, pois a informação é que ele já tinha sido operado e estava em estado grave na UTI.Qual foi sua reação?Pediram para que a gente voltasse no dia seguinte e fui com minha filha. Os médicos disseram que ele quebrou a vértebra C5, cursando em uma lesão medular incompleta; minha filha é quem sabe explicar melhor. Foi aquele desespero. Ele estava começando a vida no futebol, passando pelas etapas para ser contratado pelo Saldanha. Mas eu creio em Deus que o meu filho vai se recuperar.Atualmente, como ele está?Ele mexe as mãos muito leve, sente pegar nas mãos, começou a firmar a cabeça e sente muita dor nas costas.Saiba maisArrecadaçãoA família de Paulo Victor Ferreira, 16 anos, está organizando uma vaquinha on-line para um tratamento fundamental para a melhoria da qualidade de vida do jovem, que ficou tetraplégico após ser atingido por uma onda, em Vila Velha.O link é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-por-paulo-victor. Contribuições também podem ser enviadas ara o Pix: [email protected]. CuidadosA major Gabriela Andrade, especialista em Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros, deu algumas dicas para prevenir traumas ao tomar banho de mar.Olhar 180ºSempre que o banhista for sair do mar e houver muitas ondas, é preciso ter um “olhar 180º”, ou seja, observar a área à sua frente e atrás. Caso perceba que venham muitas ondas grandes, procure mergulhar o mais fundo possível, de frente para a onda.Guarda-vidasProcure frequentar praias que tenham guarda-vidas.Pergunte a eles quais os locais mais seguros para entrar.Bandeiras vermelhas indicam alto risco de afogamento.Brincadeiras perigosasEntre na água primeiro com os pés, para saber a profundidade.Não faça brincadeiras perigosas como salto mortal, salto com cambalhotas de costas, saltar dos ombros de amigos ou saltar de ponta no mar sem conhecer o local.AfogamentosTodos os dias, 16 brasileiros morrem afogados. “Isso ocorre, em sua maioria, porque subestimam os riscos e superestimam suas capacidades físicas. O álcool é um dos maiores fatores de risco”, afirma a major.

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