Preço do diesel segue tendência de queda nos postos brasileiros; quanto custa agora?

Na terceira semana de abril, o preço do diesel nos postos brasileiros registrou uma nova redução, com queda de R$ 0,04 por litro. Esse decréscimo é resultado dos cortes nas refinarias da Petrobras, iniciados no final de março.

Desde então, a diminuição acumulada já alcançou R$ 0,13 por litro. A expectativa é que o ritmo de queda se mantenha, uma vez que a Petrobras projeta um repasse acumulado de R$ 0,25 por litro.

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do diesel S-10 foi de R$ 6,29 por litro. No entanto, a pesquisa não considerou os efeitos do segundo corte, anunciado pela Petrobras no último dia 17, que reduziu em R$ 0,12 por litro o preço vendido pelas refinarias.

Impacto no mercado internacional

Os cortes no preço do diesel refletem uma tendência global de queda nas cotações do petróleo, iniciada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter imposto tarifas elevadas às importações do país.

A Petrobras, com essa redução, aproximou seu preço de venda à paridade de importação. A Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de Combustível) informou recentemente que a estatal vendia o diesel a R$ 0,03 por litro abaixo da paridade.

Comparativo com a gasolina

Enquanto o diesel tem visto reduções, a gasolina mantém-se inalterada nas refinarias desde julho de 2024, sendo comercializada a R$ 6,33 por litro. Em contraste, o preço do etanol hidratado experimentou uma leve alta de R$ 0,05 por litro, alcançando R$ 4,32.

Ajustes na política de preços

No ano de 2025, três ajustes foram registrados no preço do diesel, contrastando com 2024, quando a estatal não realizou nenhuma alteração.

Segundo o Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), essa sequência de ajustes reflete a forte ligação dos preços internos aos internacionais, desafiando a política de preços estabelecida em maio de 2023, que visava minimizar os impactos da volatilidade externa para o consumidor.

Embora a Petrobras tenha feito esforços para alinhar seus preços ao mercado internacional, os ajustes sugerem uma complexidade maior na gestão dos preços locais.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, reiterou na semana passada o compromisso em proteger o consumidor das flutuações externas, destacando a importância de uma política de preços equilibrada.

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