Caso Vitória: família desaprova reconstituição do crime e contesta versão de Maicol

Bonecos e figurantes representaram Maicol e Vitória na simulação do assassinato – Foto: Reprodução/Balanço Geral SP/ND

Mais de 50 policiais se mobilizaram na reconstituição do caso Vitória na quinta-feira (24), em Cajamar, Grande São Paulo. A família da vítima, que havia exigido o procedimento, criticou a falta de dois locais cruciais na simulação.

A reconstituição tinha por objetivo esclarecer onde a adolescente de 17 anos foi assassinada e se Maicol Antonio Sales dos Santos agiu sozinho. O principal suspeito do crime, porém, não participou do processo.

Fábio Costa, advogado que representa a família, questionou a falta da casa de Maicol no percurso da reconstituição. A suspeita de que o local tenha sido usado como cativeiro surgiu após a perícia constatar a presença de sangue de Vitória no batente da porta do banheiro.

A área de mata onde o corpo foi desovado também não fez parte da simulação. Segundo o Balanço Geral, a polícia explicou que já tinha elementos suficientes de ambos os cenários para a inclusão no laudo final.

“Não fazer nesse momento a reconstituição da casa e do local onde o corpo foi deixado é prejudicar ainda mais. Você não tem condições de saber se o Maicol agiu sozinho ou não, porque eram exatamente esses dois pontos determinantes que iriam dizer se ele contou com a colaboração de outra pessoa”, criticou o advogado Fábio Costa.

“No meu entendimento, essa reconstituição não foi feita de maneira correta”, acrescentou. “Estou frustradíssimo, porque nós esperávamos tanto dessa reconstituição”.


Investigação apura se Maicol agiu sozinho no caso Vitória - Reprodução/R7/ND

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Investigação apura se Maicol agiu sozinho no caso Vitória – Reprodução/R7/ND


Família se decepcionou com a reconstituição na quinta-feira (24) - Reprodução/ND

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Família se decepcionou com a reconstituição na quinta-feira (24) – Reprodução/ND


Maicol, principal suspeito, confessou ter matado a jovem para esconder traição à esposa - Reprodução/Cidade Alerta/ND

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Maicol, principal suspeito, confessou ter matado a jovem para esconder traição à esposa – Reprodução/Cidade Alerta/ND


Área de mata em que o corpo foi encontrado não fez parte da simulação - BGSP/Record/R7

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Área de mata em que o corpo foi encontrado não fez parte da simulação – BGSP/Record/R7


Reconstituição do caso Vitória passou pelo ponto de ônibus onde ela foi vista pela última vez - Reprodução/ND

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Reconstituição do caso Vitória passou pelo ponto de ônibus onde ela foi vista pela última vez – Reprodução/ND


Polícia ainda não esclareceu de Vitória foi morta dentro do carro ou da casa de Maicol - Reprodução/Balanço Geral SP/ND

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Polícia ainda não esclareceu de Vitória foi morta dentro do carro ou da casa de Maicol – Reprodução/Balanço Geral SP/ND


Adolescente de 17 anos foi encontrada morta e degolada em 5 de março - Reprodução/ND

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Adolescente de 17 anos foi encontrada morta e degolada em 5 de março – Reprodução/ND

Os familiares da adolescente tinham grande expectativa na reconstituição do caso Vitória Regina de Sousa. Eles contestam a versão de que Maicol seria o único envolvido no crime, cometido na noite de 27 de fevereiro.

“Ele falou que matou ela dentro do carro, todo mundo sabe que é mentira. Falou que agiu sozinho, a gente tem certeza absoluta que ele não agiu sozinho. Essa reconstituição é importante para todo mundo ver que é tudo mentira e a gente quer descobrir a verdade”, ressaltou a irmã Wanessa Regina.

Maicol confessou o homicídio em 18 de março e disse que não teve ajuda de outras pessoas. A defesa dele, porém, contesta o depoimento e alega que o suspeito foi coagido na delegacia. A confissão ainda não foi descartada.

Com tecnologia 3D, reconstituição do caso Vitória passa por 3 lugares em Cajamar

A reconstituição do caso Vitória contou com scanner 3D e drones para mapear a área e esclarecer o caminho percorrido por Maicol Antonio Sales dos Santos. Figurantes com biotipo similar representaram o suspeito e a vítima de 17 anos.

A simulação usou o carro de Maicol, onde os peritos encontraram vestígios de sangue no porta-malas. O primeiro ponto reconstituído foi o local onde o veículo foi avistado circulando, antes da captura de Vitória.

Polícia realiza reconstituição do caso Vitória em Cajamar

Advogado da família disse que está “frustradíssimo” com reconstituição do caso Vitória – Foto: Reprodução/Balanço Geral SP/ND

O segundo ponto da reconstituição foi o local onde uma testemunha viu o carro do suspeito estacionado. Por fim, o terceiro local foi o ponto de ônibus onde a vítima foi vista pela última vez, ao deixar o shopping onde trabalhava na noite de 27 de fevereiro.

O corpo de Vitória Regina de Sousa foi encontrado degolado em 5 de março, em uma área de mata em Cajamar. Em sua confissão, Maicol disse que a adolescente ameaçava revelar o caso dos dois à esposa dele.

O principal suspeito do caso Vitória admitiu que abordou a vítima e ofereceu carona na noite do assassinato. Durante uma discussão, ele teria desferido golpes de faca dentro do carro. As evidências coletadas na reconstituição serão analisadas para a conclusão do inquérito policial e encaminhamento ao Ministério Público.

Com informações do Balanço Geral

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