Túnel colossal reconectará Europa e África e colocará continentes no auge da engenharia global

Construção do túnel colossal

O túnel colossal, um projeto ferroviário subaquático está prestes a transformar o transporte entre Europa e África – Foto: Imagem gerada por IA/ND

Um megaprojeto ferroviário subaquático está prestes a transformar o transporte entre Europa e África. O túnel colossal, que será construído sob o Estreito de Gibraltar, avança com planos ambiciosos e promete integrar os dois continentes como nunca antes.

Previsto inicialmente para 2030, o túnel agora deve ser concluído em 2040. Com mais de 42 quilômetros de extensão — dos quais quase 30 serão submersos a até 475 metros de profundidade — a obra ligará Punta Paloma, no sul da Espanha, a Punta Malabata, próxima a Tânger, no Marrocos.

Alta velocidade entre Madri e Casablanca no túnel colossal

O objetivo principal é criar uma conexão ferroviária de alta velocidade, reduzindo o tempo de viagem entre Madri e Casablanca de 12 para apenas 5h30.

A expectativa é que o túnel transporte mais de 12,8 milhões de passageiros e 13 milhões de toneladas de carga por ano, além de servir como eixo estratégico durante a Copa do Mundo de 2030, que será sediada por Espanha, Portugal e Marrocos.

Obra enfrenta desafios geológicos e sísmicos

A construção do túnel colossal atravessa uma das regiões tectonicamente mais ativas do mundo, o que exige estudos detalhados de solo e resistência sísmica.

Empresas especializadas, como a alemã Herrenknecht AG e sua filial espanhola Herrenknecht Ibérica, estão à frente dos estudos de viabilidade, especialmente na delicada zona da Laje de Camarinal — estrutura geológica que separa o Atlântico do Mediterrâneo.

Monitoramentos sísmicos seguem em andamento e, apesar de interrupções pontuais por questões de segurança, os trabalhos devem continuar nos próximos meses.

Túnel colossal ligará Europa e África – Foto: Canva/ND

Investimento bilionário e impacto global

Com orçamento estimado entre € 6 bilhões e € 15 bilhões, o túnel representa um marco na cooperação internacional e na integração econômica entre Europa e África.

Além de facilitar o comércio e o turismo, o projeto se posiciona como símbolo da engenharia do século 21, capaz de superar fronteiras geográficas com inovação e tecnologia.

A gestão da obra está sob responsabilidade da Sociedade Espanhola para Estudos de Comunicação Fixa pelo Estreito de Gibraltar e da instituição marroquina SNED, em uma colaboração estratégica entre os dois países.

O túnel promete não apenas encurtar distâncias, mas também abrir caminho para uma nova era de conectividade entre continentes.

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