OAB esconde que comissão quer nulidade de contrato que terceiriza empregos na PMM

Por SELES NAFES

A seccional da OAB no Amapá acaba de prestar um dos maiores desserviços da história da entidade na defesa da sociedade e da verdade. Em uma nota de esclarecimento desonesta com os fatos, o presidente da instituição, Israel Graça, tenta desqualificar a notícia do Portal SN de que uma de suas comissões, a de Concursos, está disposta a pedir a nulidade do contrato milionário da Prefeitura de Macapá para a contratação de pessoal sem concurso público.

Motivado por situações que ainda precisam ser esclarecidas pela própria categoria, o gestor afirma que a notícia não teve autorização da OAB (como se a imprensa não tivesse autonomia para relatar), e que a instituição atua em defesa da advocacia e da sociedade.

Ao contrário do discurso, a nota esconde o fato de que a Comissão de Concursos da OAB, presidida pelo advogado Diego Morpheu, criticou a terceirização de 2 mil empregos na prefeitura (R$ 108 milhões) e que analisará qual instrumento será usado para pedir a anulação do contrato da PMM com a empresa E.L. Corrêa Ltda. O presidente da comissão disse ainda que o contrato “ofende quem está se preparando para concursos”.

Sem mencionar esse contrato, em contradição com a tal “defesa da sociedade”, o presidente da OAB se limita a afirmar que “qualquer medida jurídica deve obrigatoriamente ser submetida à apreciação da presidência e do conselho seccional”. “Continuaremos firmes na defesa da cidadania, da advocacia e da sociedade amapaense”.

Para quem quer a verdade, segue abaixo a entrevista do presidente da Comissão de Concursos da OAB, Diego Morpheu.


Abaixo, a nota omissa.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.