Especialista revela detalhes sobre diagnóstico de Angélica

A apresentadora Angélica trouxe à tona sua vivência com a menopausa precoce, contribuindo para ampliar a discussão sobre o reconhecimento e o enfrentamento dessa condição. Aos 51 anos, ela contou que, aos 43, teve dificuldades para conseguir um diagnóstico preciso, ressaltando a necessidade de maior atenção aos sinais do corpo.

Apesar de parecer um quadro incomum, a experiência de Angélica reflete uma realidade mais frequente do que se imagina. A menopausa precoce, também chamada de insuficiência ovariana prematura, acontece quando os ovários cessam suas funções antes dos 40 anos. Essa situação pode afetar profundamente a qualidade de vida das mulheres, o que torna fundamental a identificação precoce para um tratamento eficaz dos sintomas.

Quais são os sntomas comuns da condição de Angélica?

A menopausa é um período natural na vida da mulher, marcado pelo fim da menstruação e da capacidade reprodutiva. Essa transição, geralmente ocorrendo entre os 45 e 55 anos, é acompanhada por diversas mudanças hormonais que podem levar a uma variedade de sintomas. É importante lembrar que cada mulher vivencia a menopausa de forma única, e a intensidade e combinação dos sintomas podem variar significativamente.

Especialista revela detalhes sobre diagnóstico de Angélica
Angélica – Foto: Instagram

Os sintomas mais comuns da menopausa incluem:

Alterações no ciclo menstrual:

  • Irregularidade menstrual: O ciclo menstrual pode se tornar mais longo ou mais curto, com períodos mais intensos ou mais leves, até cessar completamente.
  • Ausência de menstruação: A confirmação da menopausa ocorre após 12 meses consecutivos sem menstruar.

Ondas de calor (fogachos):

  • Sensação repentina de calor intenso, geralmente acompanhada de vermelhidão na pele, sudorese e palpitações.
  • Podem ocorrer durante o dia ou a noite, interferindo no sono.

Distúrbios do sono:

  • Dificuldade para pegar no sono (insônia).
  • Acordar várias vezes durante a noite.
  • Sono não reparador.

Alterações de humor:

  • Irritabilidade.
  • Ansiedade.
  • Depressão ou tristeza.
  • Labilidade emocional (mudanças de humor repentinas).

Secura vaginal:

  • Diminuição da lubrificação vaginal, podendo causar desconforto ou dor durante a relação sexual.

Outros sintomas comuns:

  • Cansaço e fadiga.
  • Dificuldade de concentração e problemas de memória.
  • Dores de cabeça.
  • Ganho de peso.
  • Alterações na libido (desejo sexual).
  • Problemas urinários (urgência para urinar, incontinência urinária, infecções urinárias mais frequentes).
  • Dores nas articulações e músculos.
  • Alterações na pele e nos cabelos (pele mais seca, cabelos mais finos).

Esses sintomas podem ser facilmente confundidos com outras condições, como estresse ou problemas hormonais, especialmente em mulheres mais jovens. Por isso, é essencial que as mulheres fiquem atentas a essas mudanças e busquem orientação médica.

Como é feito o diagnóstico?

Para diagnosticar a menopausa precoce, os médicos geralmente realizam exames hormonais. Um dos principais indicadores é o nível do hormônio folículo-estimulante (FSH). Níveis elevados de FSH, combinados com baixos níveis de estrogênio, podem indicar insuficiência ovariana prematura.

Além dos exames laboratoriais, uma avaliação clínica completa e o histórico médico da paciente são importantes para um diagnóstico preciso. Testes adicionais podem ser necessários para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes.

História Clínica e Sintomas:

O médico irá questionar sobre:

  • Cessação da menstruação: Há quanto tempo a menstruação parou?
  • Irregularidade menstrual: Houve alterações no ciclo menstrual antes da parada definitiva?
  • Sintomas: A paciente apresenta sintomas como ondas de calor (fogachos), suores noturnos, secura vaginal, alterações no sono, mudanças de humor, entre outros?

Exames Complementares (quando necessários):

Em algumas situações, o médico pode solicitar exames de sangue para auxiliar no diagnóstico ou para descartar outras condições. Os principais exames incluem:

  • Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Níveis elevados de FSH podem indicar falência ovariana. Geralmente, são dosados em duas ocasiões distintas, com algumas semanas de intervalo.
  • Hormônio Luteinizante (LH): Semelhante ao FSH, níveis aumentados de LH também podem sugerir menopausa.
  • Estradiol: Este é o principal tipo de estrogênio produzido pelos ovários. Na menopausa, os níveis de estradiol tendem a estar baixos.
  • Hormônio Antimülleriano (AMH): Este hormônio reflete a reserva ovariana. Níveis baixos podem indicar uma diminuição da função ovariana.
  • TSH (Hormônio Estimulador da Tireoide): Este exame pode ser solicitado para descartar problemas na tireoide, que podem causar sintomas semelhantes aos da menopausa.
  • Prolactina: Níveis elevados de prolactina podem causar alterações menstruais e outros sintomas.

Outros Exames:

Após a confirmação da menopausa, o médico pode recomendar outros exames para avaliar a saúde geral da mulher e prevenir ou diagnosticar condições associadas à deficiência de estrogênio, como a osteoporose. Alguns exemplos incluem:

  • Densitometria óssea: Para avaliar a densidade mineral óssea e o risco de osteoporose.
  • Mamografia: Exame de rastreamento para o câncer de mama.
  • Ultrassonografia pélvica: Para avaliar os órgãos pélvicos.
  • Exames de rotina: Hemograma, glicemia, perfil lipídico, entre outros, para avaliar a saúde geral.

Quais os impactos de um diagnóstico tardio?

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Um diagnóstico tardio pode levar a complicações significativas, como aumento do risco de doenças cardiovasculares e osteoporose. A experiência de Angélica ilustra como a falta de um diagnóstico precoce pode resultar em anos de sintomas não tratados, afetando a qualidade de vida.

Por isso, é crucial que as mulheres sejam informadas sobre essa condição e que os profissionais de saúde estejam preparados para identificar e tratar a menopausa precoce de forma eficaz.

Promover a conscientização sobre a menopausa precoce é essencial para garantir que mais mulheres recebam o diagnóstico e tratamento adequados. Compartilhar informações e experiências pode ajudar a desmistificar a condição e encorajar mais mulheres a procurar ajuda médica. Além disso, aumentar a conscientização pode levar a avanços no tratamento e melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas.

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