Adolescente é apreendido suspeito de estuprar enteada de três anos no interior do Piauí


Crime foi descoberto depois que a menina apresentou febre e foi levada a uma unidade de saúde. No local, equipe médica suspeitou de abuso sexual. Violência infantil
G1
Um adolescente foi apreendido, no sábado (28), suspeito de estuprar a própria enteada, uma criança de três anos de idade, no município de Santo Antônio de Lisboa, a cerca de 335 km de Teresina.
De acordo com a Polícia Militar, o crime foi descoberto após a avó materna da criança levá-la a uma unidade de saúde do município depois da vítima apresentar febre. Durante a consulta, a equipe médica constatou sinais de abuso sexual e acionou o Conselho Tutelar e a força de segurança.
Ainda segundo a PM, a criança relatou que o padrasto entrava no quarto dela durante a noite.
Piauí registrou média de três estupros por dia em 2024; vulneráveis são quase 80% das vítimas
O suspeito foi localizado posteriormente na casa dos pais, na cidade de Picos. Por ser menor de idade, ele foi apreendido e conduzido à Central de Flagrantes do município, acompanhado da mãe. O caso será investigado pela Polícia Civil do Piauí e tramita sob sigilo para preservar a identidade da vítima.
Vulneráveis são quase 80% das vítimas de estupro
O Piauí registrou até junho de 2024 uma média de três estupros por dia. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-PI), foram 581 casos no total. Crianças, adolescentes e outras pessoas em situação vulnerável representavam 80% das vítimas.
Ao todo, foram 453 estupros de vulnerável. A particularidade inclui crianças e adolescentes menores de 14 anos e outras pessoas incapazes de consentir com o ato, como pessoas com algumas formas de deficiência, sob forte efeito de álcool e outras drogas, entre outros. O restante de casos soma 128 vítimas.
De acordo com o conselheiro tutelar Ivan Cabral, que atende na Zona Leste de Teresina, as principais vítimas são crianças até cinco anos e adolescentes até 12 anos. A maioria dos abusadores está no meio familiar e, além da violência sexual, costuma ameaçar as mães das vítimas de morte ou abandono.
“A família tem a obrigação de zelar pelos direitos das crianças, mas em muitos casos tem sido a primeira a violá-los. Ela precisa se conscientizar, denunciar mais, repassar informações seguras para as crianças, para que não se calem diante das violências mais cruéis”, ressalta o conselheiro.
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