Com 103 anos, capixaba dá exemplo de saúde e com treinos na academia

Dona Inês mantém rotina melhor que a de muitos jovens: “Se não estou na academia, estou me exercitando em casa”

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Reprodução/TV Tribuna

Aos 103 anos, dona Inês Pereira mantém uma rotina de atividade física melhor que a de muitos jovens. Na academia que frequenta, ela é hoje inspiração e dá show de disposição.Mas nem sempre essa foi a realidade de dona Inês. Ela contou que decidiu entrar na academia há 17 anos, quando não aguentava mais lidar com as dores que sentia.A educadora física, especialista em atividade adaptada em saúde e coordenadora geral do Instituto Saúde e Movimento (ISM), Rosa Moreira, contou que dona Inês chegou à academia sozinha, buscando se livrar das dores que sentia. “Me falaram que ela estava na recepção querendo se matricular. Como tinha mais de 80 anos, na época, explicamos que ela precisava da liberação de um médico. Mas ela estava decidida. Disse que queria voltar a ir à igreja aos domingos e costurar. Então conversamos com a família dela”. Segundo Rosa, por causa da idade e dos comprometimentos que dona Inês têm, todos os exercícios sempre tiveram que ser adaptados para suas limitações e idade. “O ganho para ela, ao longo dos anos, foi muito grande. Ela tinha osteoartrite grave e os tecidos da região do joelho bem comprometidos, sentia dores fortes, tomava muitos medicamentos. Com o tempo e o exercício, ela conseguiu reduzir muito os remédios”.Dona Inês também deixou de lado a muleta que precisava e voltou a costurar. O professor que a acompanha nos treinos, Rodrigo Sagrillo, é quem busca dona Inês em casa para que ela mantenha a rotina de atividades físicas. Segundo ele, a aluna centenária é uma inspiração hoje para todos. “Ela manda mensagem para buscá-la para ir para a academia. Quanto aos exercícios, a gente procura fazer aqueles em que ela pode fazer sentada ou apoiada, porque ela tem um pouco de desequilíbrio devido aos vários ‘mini AVCs’ que teve. Se for em pé, fico sempre do lado por precaução, mas ela faz tudo”. Na pandemia, dona Inês lembra que teve que parar de frequentar a academia e chegou a ter covid por três vezes. Mesmo assim, os exercícios físicos continuaram em dia, fazendo em casa.“Até hoje, se não estou na academia, estou me exercitando em casa. Gosto muito”, revelou.

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