Operação prende ‘cabeças’ de facção de SC, expõe ‘conselho de guerra’ e busca advogado foragido

Operação prende 'cabeças' de facção e expõe 'conselho de guerra'

Operação prende ‘cabeças’ de facção de SC, expõe ‘conselho de guerra’ e busca advogado foragido – Foto: PCSC/Divulgação/ND

A operação Queda da Torre, deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina nesta terça-feira (6), já resultou na prisão de sete dos oito alvos com mandado preventivo. A ação, coordenada pela Decod/DIC de Itajaí, mira a cúpula de uma facção criminosa catarinense, cujos líderes atuariam em nível estadual.

Entre os presos, estão dois suspeitos detidos em Joinville, no Norte do estado. Um deles, apontado como líder da facção na região, foi encontrado com uma pistola 9mm no bairro Espinheiros, na zona Leste da cidade. Ele foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.

Segundo a investigação, trata-se do responsável por proferir sentenças no chamado tribunal do crime. O homem, de 33 anos, autorizava execuções e determinava tarefas dentro da organização. Até então, vivia no anonimato.

Já na cidade de Guatambu, no Oeste catarinense, uma advogada também foi presa sob suspeita de envolvimento com a organização. As outras prisões ocorreram em Marechal Deodoro (AL), Camboriú, Itajaí e Palhoça.

Um dos investigados, advogado e apontado como batizado na facção, segue foragido. Segundo a polícia, ele seria o responsável por “sentenças” no chamado tribunal do crime e teria poder para autorizar execuções e coordenar tarefas internas do grupo.

Fotos da operação que prendeu ‘cabeças’ de facção de SC


Arma de uso restrito foi apreendida com líder de facção no Norte de SC - PCSC/Divulgação/ND

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Arma de uso restrito foi apreendida com líder de facção no Norte de SC – PCSC/Divulgação/ND


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Sete líderes de facção foram presos  - PCSC/Divulgação/ND

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Sete líderes de facção foram presos – PCSC/Divulgação/ND


Ao todo, 36 ordens judiciais foram cumpridas  - PCSC/Divulgação/ND

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Ao todo, 36 ordens judiciais foram cumpridas – PCSC/Divulgação/ND


A operação mobilizou mais de 160 agentes e foi realizada simultaneamente em 13 cidades de três estados - PCSC/Divulgação/ND

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A operação mobilizou mais de 160 agentes e foi realizada simultaneamente em 13 cidades de três estados – PCSC/Divulgação/ND


As investigações revelaram que os criminosos se referem à organização como

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As investigações revelaram que os criminosos se referem à organização como “Torre”, nome usado em grupos de aplicativos de mensagem – PCSC/Divulgação/ND


Materiais apreendidos serão examinados pelas autoridades  - PCSC/Divulgação/ND

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Materiais apreendidos serão examinados pelas autoridades – PCSC/Divulgação/ND

Facção opera com divisão de “ministérios”

As investigações revelaram que os criminosos se referem à organização como “Torre”, nome usado em grupos de aplicativos de mensagem. A liderança é dividida em dois grupos de influência, chamados de “ministérios” – um com autoridade sobre o outro, ambos com poder de determinar ações em todo o estado.

A operação Queda da Torre prendeu sete dos oito alvos em Joinville e outras cidades do Brasil – Vídeo: PCSC/Divulgação/ND

O delegado Eduardo Ferraz explica que o grupo atua como uma espécie de conselho superior, responsável por decisões como decretos de morte, rebeliões e atentados, além de repassar ordens aos demais membros da facção em Santa Catarina.

“Identificamos as principais lideranças da facção em atuação estadual. Esses indiciados formam o núcleo que define ações sensíveis e repassa comandos aos demais criminosos no estado”, afirmou.

As investigações que culminaram na operação desta terça começaram há dois anos, após a prisão de um chefe da facção em Joinville – Vídeo: PCSC/Divulgação/ND

Núcleo de advogados investigado

Um dos focos da operação foi um núcleo de três advogados que, segundo a polícia, atuavam como mensageiros entre presos e criminosos em liberdade. Um deles, além de foragido, é suspeito de participar da parte financeira da facção e de esconder armamentos para os chefes.

“Apreendemos diversos dispositivos eletrônicos, mas os integrantes já são treinados para apagar informações. Seguimos analisando os materiais para identificar outros nomes e seguir no combate ao crime”, declarou o delegado Eduardo Dalló, da DIC de Itajaí.

Queda de líder da facção fez efeito dominó

As investigações que culminaram na operação desta terça começaram há dois anos, após a prisão de um chefe da facção em Joinville. A detenção causou um efeito dominó dentro da organização. A partir da quebra de sigilo de celulares, os investigadores conseguiram acessar conteúdos reveladores, que permitiram identificar lideranças antes ocultas, além de reconstituir bastidores de ações passadas e planos da facção.

A operação mobilizou mais de 160 agentes e foi realizada simultaneamente em 13 cidades de três estados: Santa Catarina, Paraná e Alagoas.

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