Mãe acusa hospital de negligência após bebê ficar cerca de 4 dias morto no útero

Uma mãe de 24 anos, moradora de Juquiá, no Vale do Ribeira (SP), denuncia ter perdido o filho por conta de falhas no atendimento médico. Segundo ela, mesmo apresentando sinais de complicações, teve os alertas ignorados durante diversos retornos ao hospital. O bebê permaneceu sem vida no útero por cerca de três a quatro dias antes de a morte ser constatada.

Segundo divulgado pelo portal A Tribuna, o primeiro atendimento aconteceu entre os dias 14 e 15 de abril, quando a paciente, identificada pelas iniciais Y.S., procurou o Hospital Dr. Manoel Perez Bazan relatando perda de líquido amniótico e dificuldade para urinar. Exames indicaram infecção urinária. Conforme relatado, o médico de plantão prescreveu um antibiótico e a liberou para casa.

No dia 18, ela retornou ao hospital, preocupada com a ausência de movimentos fetais desde o dia anterior. Apesar da dificuldade para detectar os batimentos cardíacos do bebê, foi novamente mandada embora, sob a promessa de transferência via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).

No entanto, ainda segundo o portal citado, Y.S. informou que o encaminhamento nunca aconteceu. Um enfermeiro da unidade foi quem conseguiu agendar uma ultrassonografia para o dia seguinte.

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Já no dia 19, ela buscou atendimento no Hospital São João Apamir, em Registro, onde recebeu a notícia de que seu filho não estava mais vivo. Em seguida, foi encaminhada ao Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua, em Pariquera-Açu, onde passou pelo parto no dia 21.

Durante o procedimento, uma médica confirmou que o óbito fetal havia ocorrido entre três e quatro dias antes. A paciente acredita que, se tivesse sido transferida no dia 18, o bebê poderia ter sobrevivido, já que a placenta ainda funcionava e havia pulsação no cordão umbilical.

Além da perda, Y.S. relatou sentir-se devastada e indignada com a situação. Ela já solicitou acesso ao prontuário médico e pretende acionar judicialmente a unidade de Juquiá.

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