Casal de SC sai às pressas da Índia após novo conflito com Paquistão

Casal estava Nova Délhi, capital indiana, quando novo episódio do conflito entre Índia e Paquistão ocorreu – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Moradoras de Florianópolis precisaram mudar os planos e apressar a saída da Índia após a escalada do conflito do país com o Paquistão, com o qual faz fronteira na Ásia. A Índia fez um bombardeio no Paquistão nesta terça-feira (6), na região da Caxemira, que deixou, segundo o governo paquistanês, 31 mortos.

O bombardeio foi uma represália ao ataque que deixou 26 turistas mortos na cidade de Caxemira, norte indiano, em abril. A ação foi considerada pelo governo paquistanês um “ato de guerra”, e o Paquistão autorizou suas forças armadas a tomar medidas de retaliação “correspondentes” contra a Índia.

Rafaella Xalinska e Bárbara Giacomazzo, diretora e roteirista da produtora Yellow Pumas, viajaram para a Índia para gravar um projeto audiovisual sobre espiritualidade. Em 27 de abril, dois dias antes de saírem de Florianópolis, o casal soube do ataque na Caxemira, cidade que estava no roteiro de filmagens.

As profissionais chegaram em Nova Délhi em 2 de abril e, desde então, foram para Jaipur e voltaram para a capital indiana.


Casal foi para Índia para gravar audiovisual sobre espirutualidade - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Casal foi para Índia para gravar audiovisual sobre espirutualidade – Arquivo pessoal/Reprodução/ND


Rafaella (à direita) e Bárbara (à esquerda) estavam na Índia desde 2 de abril para gravar um projeto audiovisual - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Rafaella (à direita) e Bárbara (à esquerda) estavam na Índia desde 2 de abril para gravar um projeto audiovisual – Arquivo pessoal/Reprodução/ND


Rafaella e Bárbara, que além de roteirista é advogada, moram em Florianópolis e foram para Índia à trabalho  - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Rafaella e Bárbara, que além de roteirista é advogada, moram em Florianópolis e foram para Índia à trabalho – Arquivo pessoal/Reprodução/ND


Rafaella é diretora, produtora e cinegrafista - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Rafaella é diretora, produtora e cinegrafista – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Após o ataque, a viagem para Caxemira foi tirada do roteiro; no entanto, elas ainda iriam para uma cidade a 13 horas de carro do local, Leh, na região dos Himalaias. A viagem foi cancelada após o ataque indiano no Paquistão, seguido de um aviso do governo de que testes de blecautes e falta de água seriam feitos para emergências.

‘Apavorante’: blecaute ressaltou gravidade de conflito entre Índia e Paquistão

O blecaute teste ocorreu entre 19h50 e 20h do horário local (por volta de 12h30 no horário de Brasília). Durante os dez minutos sem luz, Rafaella e Bárbara ajoelharam no chão do hotel onde estão hospedadas em Nova Délhi, capital da Índia, e temeram um novo ataque.

“A energia ficou muito densa, dava para ouvir o caos na rua, carro buzinando, semáforos desligaram, então caiu a ficha: é guerra. Eu pensei: ‘a gente precisa sair daqui, meu Deus’. Eu nunca vivi isso”, relembra Rafaella.

O temor pela guerra entre Índia e Paquistão aumentou pelo fato de ambos possuírem arsenal nuclear.

“É apavorante. A gente está tranquila e segura, mas, ao mesmo tempo, apavora porque é uma situação que ninguém quer viver. A gente veio aqui fazer uma coisa totalmente espiritual, etc. E do nada, estoura essa guerra”, desabafa Bárbara.

Em conversa com funcionários e hóspedes do hotel após o apagão, elas perceberam que a iminência de um conflito entre Índia e Paquistão também afetou os moradores.

Com o ataque indiano, parte de cidades do Norte, incluindo Leh, foram fechadas. A mudança reforçou os planos das moradoras de Florianópolis, cuja agência de turismo já organizava a saída da Índia para o Nepal, próximo destino da equipe. O casal desembarcou no país na manhã desta quinta-feira (8).

“Chegar no Nepal é um alívio, porque com esse apagão a mensagem é, primeiro, um aviso da Índia para o Paquistão: ‘iremos atacar se necessário’. E segundo, foi uma preparação para a população, porque durante um ataque é ficar sem luz e sem água”, pontua.

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