Policiais penais são proibidos de entrar com celular no Cadeião

Da REDAÇÃO

O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) implantou um novo Procedimento Operacional Padrão (POP) na Penitenciária Masculina, o chamado “Cadeião”. As medidas atualizam regras e criam condutas mais rígidas para reforçar a segurança dentro da unidade prisional.

Entre as mudanças, está a proibição expressa do uso de celulares em áreas internas da penitenciária, inclusive por servidores públicos e policiais penais. O acesso com telefones e equipamentos de informática está vetado em todas as áreas classificadas como “de segurança”.

Agora, nem mesmo os profissionais do sistema prisional podem entrar com celular nos blocos. O único espaço autorizado para uso pessoal é o alojamento dos funcionários.

Policiais penais deverão deixar os celulares nos alojamentos

A entrada na penitenciária também passa a ser controlada por meio de detectores de metal. A regra vale para qualquer pessoa que acessar o sistema prisional, seja na unidade masculina ou feminina.

Segundo a direção do presídio, a nova rotina integra a política nacional de enfrentamento ao crime organizado, determinada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e está alinhada às estratégias do Governo do Estado para reforçar a ordem e o controle dentro das unidades prisionais.

Para implantar as normas, foi criada uma comissão com 20 servidores que ficará responsável por revisar o POP até agosto deste ano. Entre as medidas, estão ainda a criação de uma escala padronizada de serviço, com rodízio de postos e definição clara de atribuições, além da designação de um membro da Corregedoria para acompanhar o cumprimento das novas diretrizes.

Segundo o diretor do Iapen, Luiz Carlos Gomes Júnior, a padronização das rotinas é essencial para garantir a integridade física de servidores e internos, além de ampliar o nível de profissionalismo no sistema.

“O POP não é apenas um conjunto de normas escritas, é um projeto vivo que exige compromisso, adaptações e dedicação de todos. O celular é um instrumento central para articulação de crimes fora da cadeia”, justificou.

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