Bolsa Família: SC tem o menor número de beneficiários do Brasil com 4,4%

Santa Catarina é o estado brasileiro com a menor proporção de domicílios recebendo o Bolsa Família. Os dados são do IBGE e mostram que apenas 4,4% dos lares catarinenses tiveram acesso ao benefício em 2024. A média nacional é de 18,7%.

O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira, 8, e detalha o rendimento médio dos domicílios no Brasil.

O levantamento revela que Santa Catarina possui 2,8 milhões de domicílios, e cerca de 123 mil deles recebem recursos do programa federal de transferência de renda.

No país, dos 79,1 milhões de lares, 14,8 milhões contam com beneficiários do Bolsa Família. A diferença mostra a distância entre a realidade catarinense e a brasileira em relação à necessidade de programas sociais.

Além da baixa participação no Bolsa Família, Santa Catarina também apresenta a menor dependência de programas sociais na composição da renda das famílias.

Enquanto no Brasil esses benefícios representam, em média, 3,8% da renda dos lares, no estado o índice é de apenas 1%.

Veja a proporção de beneficiários do Bolsa Família no Brasil

O governador Jorginho Mello avaliou os dados como um reflexo da força econômica do estado. Segundo ele, Santa Catarina tem atraído investimentos, investido em educação, infraestrutura e apoiado o empreendedorismo.

“Não é por acaso que temos o menor grau de pobreza e de extrema pobreza do país”, afirmou.

O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, destacou a política de estímulo à economia e à geração de emprego.

“Programas sociais são importantes, mas gerar emprego ainda é a melhor política de inclusão. Em 2025, já foram criadas mais de 60 mil vagas formais, e o Sine tem mais de 7 mil oportunidades abertas”, disse.

A composição da renda domiciliar catarinense reforça essa independência de programas sociais. Segundo o IBGE, 79,3% da renda vem do trabalho.

Outras fontes somam 20,7%, sendo 15,4% provenientes de aposentadorias e pensões. Os programas sociais somam apenas 1% da média.

O estudo também aponta crescimento na renda média por pessoa em Santa Catarina. O valor subiu de R$ 3.203 em 2023 para R$ 3.590 em 2024, uma alta de 12%.

O acréscimo de R$ 387 reforça a posição do estado entre os que têm os melhores indicadores econômicos do país.

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Com esse valor, Santa Catarina ocupa o quarto lugar entre os estados com maior rendimento médio domiciliar per capita.

O primeiro é o Distrito Federal (R$ 5.147), seguido por São Paulo (R$ 3.785) e Rio de Janeiro (R$ 3.618). Paraná e Rio Grande do Sul, com R$ 3.571, aparecem logo após Santa Catarina. A média brasileira é de R$ 3.057.

Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) – Rendimento de Todas as Fontes 2024, realizada anualmente pelo IBGE.

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