Caças J-10C do Paquistão abatem 5 aeronaves Indianas em confronto

Na última quarta-feira, um breve confronto militar entre Paquistão e Índia escalou tensões na região, com o governo paquistanês afirmando que seus caças J-10C, de fabricação chinesa, abateram cinco aeronaves da Força Aérea Indiana.

Por Editorial Defesanet

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Ishaq Dar, entre os aviões destruídos estariam três caças Rafale, de origem francesa. Caso confirmada, a ação marcaria o primeiro abate aéreo real do J-10C e a primeira perda em combate do Rafale, um marco significativo no cenário aeroespacial global.

Detalhes do incidente

O Paquistão alega que o confronto ocorreu em espaço aéreo disputado, com seus caças J-10C utilizando mísseis PL-15E, de longo alcance e capazes de atingir velocidades de até Mach 5. Destroços desses mísseis, que são a versão de exportação do armamento chinês, foram encontrados em território indiano, reforçando a narrativa paquistanesa.

Além do J-10C, o caça JF-17 Block 3, também operado pelo Paquistão, é compatível com o PL-15E, deixando margem para especulações sobre o modelo exato utilizado.

Até o momento, o governo indiano não emitiu comentários oficiais sobre as alegações, o que intensifica a incerteza e o impacto geopolítico do incidente. A ausência de uma resposta imediata da Índia pode indicar esforços para verificar os danos ou evitar uma escalada retórica.

O J-10C e sua estreia em combate

A Força Aérea do Paquistão é a única operadora do J-10C fora da China, com um total de 20 unidades recebidas até agora. O caça, que combina alta manobrabilidade com sistemas eletrônicos avançados, realizou sua primeira missão de combate real em janeiro de 2024, durante uma operação no Irã, embora sem registros de enfrentamentos aéreos diretos.

O suposto abate das aeronaves indianas representa, portanto, um teste crucial para o desempenho do J-10C em cenários de alta intensidade.

O míssil PL-15E, destaque no confronto, é uma versão de exportação do PL-15 chinês, com alcance reduzido para atender restrições internacionais. Ainda assim, sua capacidade de engajar alvos a longas distâncias e sua velocidade hipersônica o tornam uma arma formidável, especialmente em combates ar-ar.

Reações e Implicações

Após o incidente, representantes do governo chinês teriam se reunido com autoridades paquistanesas para discutir os detalhes da operação, sinalizando apoio ao aliado estratégico. A China, que mantém laços estreitos com o Paquistão, vê no sucesso do J-10C uma oportunidade para promover sua indústria de defesa, especialmente em mercados emergentes.

Para a Índia, a suposta perda de três caças Rafale seria um revés significativo. O Rafale, adquirido em um contrato multibilionário com a França, é considerado um dos pilares da modernização da Força Aérea Indiana. Uma derrota em combate, se confirmada, poderia gerar questionamentos sobre sua eficácia operacional e impactar a percepção global do caça francês.

Contexto Geopolítico

O confronto ocorre em um momento de tensões persistentes entre Índia e Paquistão, agravadas por disputas territoriais na região da Caxemira.

A entrada de armamentos avançados, como o J-10C e o PL-15E, eleva o potencial destrutivo de tais incidentes, aumentando o risco de escaladas não intencionais. Além disso, o envolvimento indireto da China, por meio de seu apoio tecnológico e político ao Paquistão, adiciona uma camada de complexidade às dinâmicas regionais.

O alegado abate de cinco aeronaves indianas, incluindo três Rafale, por caças J-10C paquistaneses é um evento de proporções históricas, com implicações que vão além do campo de batalha. A confirmação dos fatos dependerá de investigações independentes e da divulgação de informações por ambas as partes. Por ora, o incidente reforça a crescente influência da tecnologia militar chinesa no cenário global e acende um alerta sobre a fragilidade da estabilidade na região indo-paquistanesa.

Fonte: South China Morning Post | Foto: X @GovtofPakistan

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