Crise no IBGE se agrava: servidores criticam Pochmann e mapa invertido

Em 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou uma nova versão do mapa-múndi, que gerou debates acalorados entre técnicos e a direção do órgão. O mapa apresenta o Brasil no centro do mundo, mas com uma perspectiva invertida, colocando o sul no topo. Esta iniciativa foi criticada por alguns trabalhadores do IBGE, que a consideram um desvio das práticas institucionais tradicionais.

A decisão de lançar este mapa sem a participação das áreas técnicas do IBGE levantou preocupações sobre a integridade e a objetividade do instituto. O sindicato dos trabalhadores do IBGE, Assibge-SN, expressou seu descontentamento, afirmando que a publicação parece servir a uma agenda pessoal do presidente do instituto, Marcio Pochmann, em vez de seguir os padrões técnicos habituais.

Como o novo mapa-múndi afeta a credibilidade do IBGE?

O lançamento do mapa-múndi invertido foi visto por muitos como uma “encenação simbólica” que poderia comprometer a credibilidade do instituto, construída ao longo de décadas. O manifesto dos servidores do IBGE destaca que o mapa não apenas distorce a realidade, mas também pode confundir a educação e prejudicar comparações internacionais. Além disso, eles afirmam que a iniciativa fere princípios constitucionais da administração pública, como a finalidade administrativa e a impessoalidade.

Os críticos argumentam que a credibilidade do IBGE é essencial para sua função de fornecer dados confiáveis e objetivos. A introdução de um mapa que não segue convenções cartográficas reconhecidas internacionalmente pode minar a confiança nos produtos oficiais do instituto.

IBGE. Créditos: depositphotos.com / rafapress

Por que o IBGE decidiu lançar um novo mapa-múndi?

De acordo com o IBGE, o novo mapa-múndi foi lançado para estimular a reflexão sobre a posição do Brasil no cenário global. A direção do instituto defende que o mapa destaca a importância do Sul Global e a crescente relevância do Brasil nas mudanças geopolíticas mundiais. O lançamento ocorre em um momento em que o Brasil tem uma participação ativa em debates internacionais, presidindo o BRICS e o Mercosul, além de sediar a COP 30.

O mapa também destaca países membros do BRICS, do Mercosul, países de língua portuguesa e aqueles que possuem o bioma amazônico. A direção do instituto afirma que esta é uma ação estratégica para promover o debate sobre a importância do Brasil no cenário internacional.

O Que Está em Jogo para o IBGE?

A controvérsia em torno do novo mapa-múndi do IBGE levanta questões sobre a direção futura do instituto e sua capacidade de manter sua reputação de integridade e objetividade. Os servidores do IBGE têm expressado preocupações sobre a proteção do valor técnico e da integridade institucional do órgão. Eles enfatizam que o instituto pertence ao Estado e à sociedade, e não deve ser usado para promover narrativas pessoais ou políticas.

O debate em torno do mapa-múndi invertido destaca a importância de garantir que as decisões do instituto sejam baseadas em critérios técnicos sólidos e não em interesses pessoais ou políticos. A confiança do público nos dados e produtos do IBGE é fundamental para sua missão de fornecer informações precisas e imparciais.

Em Conclusão sobre o Novo Mapa-Múndi

O lançamento do novo mapa-múndi pelo IBGE gerou uma discussão significativa sobre a representação cartográfica e a posição do Brasil no mundo. Enquanto a direção do instituto vê o mapa como uma oportunidade para promover o debate sobre a importância do Sul Global, muitos servidores e críticos estão preocupados com as implicações para a credibilidade e a integridade do IBGE.

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