Petrobras: aumento do endividamento preocupa analistas

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A Petrobras (PETR4) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025 e superou as expectativas do mercado ao registrar um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões, uma alta expressiva de 48,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do desempenho operacional sólido, analistas mantêm cautela com relação ao valuation da empresa, em razão do crescimento da dívida e do ambiente macroeconômico instável.

Em entrevista à BM&C News, o economista Alex André destacou que, embora o resultado tenha vindo “em linha” com a expectativa operacional, o impacto cambial — com a valorização do real — favoreceu o lucro líquido. “A produção cresceu, as vendas aumentaram e a geração de caixa foi forte. Só que do lado financeiro, o aumento do endividamento começa a preocupar alguns analistas”, explicou.

Operacional forte, mas risco retorno menor

De acordo com Alex André, o operacional da Petrobras continua robusto. A estatal gerou R$ 49,3 bilhões em caixa operacional e reportou um Ebitda ajustado de R$ 60 bilhões, reforçando sua capacidade de geração de valor. Investimentos também cresceram, totalizando R$ 27 bilhões, com destaque para projetos no pré-sal como os campos de Búzios e Itapu.

Entretanto, ele pontua que o valuation da empresa, que antes era considerado uma “pechincha” no mercado, já não é visto com o mesmo entusiasmo por todos. “A companhia segue descontada, mas com o atual nível de preço e um cenário externo mais incerto, o risco-retorno já não é mais tão claro”, observou.

Dividendos reforçam atratividade, mas futuro exige cautela

A companhia também anunciou R$ 11,72 bilhões em dividendos e JCP, o que representa cerca de R$ 0,90 por ação, a serem pagos em duas parcelas. O economista reforça que a Petrobras segue sendo uma importante pagadora de dividendos, o que mantém sua atratividade, principalmente para investidores de longo prazo.

Apesar dos bons números, Alex André ressalta que a alta da dívida e a indefinição sobre a política de preços e a margem de atuação no Equador são pontos de atenção. “São fatores que precisam ser monitorados. O operacional está forte, mas o cenário macro e a gestão financeira exigem prudência”, concluiu.

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