Exército combate crimes fronteiriços e atua para manter a soberania na Amazônia Ocidental

Manaus (AM) – Mais de 19 mil militares do Exército Brasileiro defendem nove mil quilômetros de fronteiras na Amazônia Ocidental. A presença da Força Terrestre nessa região estratégica do País, que corresponde a cerca de um quarto do território brasileiro, é operacionalizada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA).

Os homens e mulheres que fazem parte desse Comando Militar de Área têm como missões o combate aos crimes transfronteiriços, o apoio aos povos originários e a proteção do meio ambiente, colaborando para a estratégia da presença e a garantia da soberania nacional nessa faixa de fronteira.

O CMA opera nos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, vigiando, aproximadamente, 60% das fronteiras terrestres do Brasil. São áreas de relevância geopolítica e de difícil acesso, onde o Exército materializa a atuação do Estado Brasileiro, em muitas localidades, como única instituição presente.

Tríplices fronteiras

Destacam-se entre esses pontos, as quatro fronteiras tríplices que estão sob a área de atuação do CMA: Brasil – Guiana – Venezuela; Brasil – Colômbia – Venezuela; Brasil – Peru – Colômbia; e Brasil – Peru – Bolívia. Nesses locais, efetivos distribuídos em 64 organizações militares, 23 pelotões especiais de fronteira e um destacamento especial de fronteira atuam muito além da defesa, desdobrando-se em ações subsidiárias em uma das regiões mais desafiadoras do País.

Essas regiões são marcadas por intensa interação econômica e cultural entre as populações dos países vizinhos. Um exemplo é a tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, onde cidades como Assis Brasil (Brasil), Iñapari (Peru) e Bolpebra (Bolívia) mantêm relações de interdependência que remontam a séculos de história e migrações indígenas.

De maneira semelhante, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, a região do Alto Solimões é um polo econômico e cultural, especialmente no comércio de pescado, que atravessa fronteiras e movimenta a economia local.

Resultados

A vulnerabilidade socioeconômica dessas áreas torna a presença do Exército ainda mais essencial para coibir práticas ilegais e fomentar o desenvolvimento regional. Além de assegurar a soberania nacional, o CMA busca fortalecer a cooperação com as Forças Armadas dos países vizinhos, realizando operações espelhadas para garantir a segurança das fronteiras e proteger a biodiversidade da Amazônia Ocidental.

Somente no primeiro trimestre de 2025, as operações somaram R$143,2 milhões em resultados tangíveis, contabilizando as apreensões, multas e lucros cessantes, esforços que fortalecem a presença do Estado Brasileiro na região.

Ao longo dos séculos, a Amazônia brasileira consolidou-se não apenas como um território estratégico, mas como um patrimônio cultural e ambiental de relevância global. Nesse contexto, o CMA, como o Braço Forte e a Mão Amiga do Exército Brasileiro, está comprometido com a defesa da Pátria e a promoção do desenvolvimento sustentável.

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