Atenção! Fim do universo pode acontecer muito antes do previsto, alertam cientistas

Um recente estudo realizado por cientistas da Universidade de Radboud, na Holanda, trouxe novas estimativas sobre o fim do universo. Segundo a pesquisa, o universo pode chegar ao seu término em um tempo significativamente menor do que o previsto anteriormente. No entanto, essa eventualidade ainda está distante, ocorrendo em aproximadamente 10 elevado à 78ª potência em anos. Essa revisão foi publicada na renomada revista Journal of Cosmology and Astroparticle Physics.

O estudo, liderado por Heino Falcke, explora o destino dos corpos celestes mais duradouros, as anãs brancas. A pesquisa baseia-se no fenômeno da evaporação dos buracos negros, conhecido como radiação Hawking, uma teoria proposta pelo físico Stephen Hawking na década de 1970. Essa radiação sugere que os buracos negros perdem massa ao longo do tempo, eventualmente desaparecendo.

Como a radiação Hawking influencia o destino do universo?

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Terra – Créditos: depositphotos.com / dell640

A radiação Hawking é um conceito fundamental para entender a dissolução dos corpos celestes. Ela descreve como os buracos negros emitem radiação, levando à sua lenta evaporação. Os cientistas de Radboud aplicaram essa teoria a outros objetos no universo, como as anãs brancas, para calcular seu tempo de evaporação. A densidade desses corpos é um fator crucial para determinar sua longevidade.

Com base nesses cálculos, os pesquisadores conseguiram prever a dissolução teórica das anãs brancas, que são consideradas os corpos mais duradouros do universo. Essa descoberta redefine a compreensão sobre o tempo que resta até o fim do universo, embora ainda esteja além da escala de tempo humana.

Evaporação dos Buracos Negros:

  • A teoria da radiação Hawking, proposta por Stephen Hawking em 1974, descreve um processo pelo qual buracos negros emitem radiação térmica devido a efeitos quânticos perto de seus horizontes de eventos.
  • Essa radiação carrega energia para longe do buraco negro, fazendo com que ele perca massa gradualmente ao longo do tempo.
  • Buracos negros menores têm temperaturas mais altas e, portanto, evaporam mais rapidamente do que buracos negros massivos.
  • Eventualmente, após um período de tempo incrivelmente longo, todos os buracos negros no universo deverão evaporar completamente, desaparecendo da existência em uma explosão final de partículas.

Implicações para o Destino do Universo:

  • Morte Térmica: A evaporação dos buracos negros é um componente chave do cenário da “morte térmica” do universo. Nesse futuro distante, após trilhões de anos, a formação de novas estrelas cessará, as estrelas existentes queimarão todo o seu combustível e o universo se tornará cada vez mais frio e escuro.
  • Dissipação da Matéria: À medida que os buracos negros evaporam, a matéria que eles engoliram ao longo de suas vidas é liberada de volta ao universo na forma de radiação. No entanto, essa matéria estará extremamente diluída e na forma de partículas de baixa energia.
  • Universo Vazio: O resultado final da evaporação dos buracos negros é um universo vasto, escuro e quase vazio, consistindo principalmente de partículas de baixa energia e radiação, com densidade extremamente baixa.
  • Escala de Tempo: É importante ressaltar que a escala de tempo para a evaporação completa dos buracos negros, especialmente os supermassivos encontrados no centro das galáxias, é astronômica, muito além da idade atual do universo (estimada em cerca de 13,8 bilhões de anos). Estamos falando de tempos na ordem de 10 elevado a 100 anos ou mais para os buracos negros maiores.

Qual o possível destino da Terra antes do fim do universo?

Apesar das novas previsões sobre o fim do universo, a Terra enfrentará desafios muito antes desse evento cósmico. Os cientistas estimam que, em cerca de um bilhão de anos, o aumento do brilho solar tornará as condições na Terra inóspitas para a vida, resultando na evaporação dos oceanos. Além disso, em aproximadamente 8 bilhões de anos, a expansão do Sol engolirá o planeta, que já estará estéril e sem vida.

  • Aumento da luminosidade solar: Em cerca de 1 bilhão de anos, o Sol se tornará significativamente mais brilhante, elevando as temperaturas na Terra a níveis insuportáveis e evaporando os oceanos.
  • Fase de gigante vermelha do Sol: Em aproximadamente 5 bilhões de anos, o Sol se expandirá para uma gigante vermelha, engolindo Mercúrio e Vênus, e possivelmente a Terra também. Mesmo que a Terra escape de ser engolida, sua superfície se tornará extremamente quente e inóspita.
  • Destruição ou absorção: Após a fase de gigante vermelha, o Sol se tornará uma anã branca. A Terra, se ainda existir, será um planeta morto orbitando esse remanescente estelar ou terá sido vaporizada ou absorvida pelo Sol em expansão.

Como a descoberta impacta a humanidade?

Embora o fim do universo esteja além da compreensão temporal humana, essas descobertas ressaltam a importância de entender os processos cósmicos que moldam nosso universo. A pesquisa sobre a radiação Hawking e a evaporação dos corpos celestes oferece insights valiosos sobre a evolução do cosmos. Para a humanidade, isso destaca a necessidade de explorar e compreender nosso lugar no universo, enquanto ainda temos tempo.

Em suma, o estudo da Universidade de Radboud não apenas redefine as previsões sobre o fim do universo, mas também nos lembra da fragilidade da vida na Terra. À medida que a ciência avança, continuamos a desvendar os mistérios do cosmos, ampliando nosso conhecimento sobre o destino final do universo e nosso papel nele.

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